Presidente do Nova Iguaçu reclama de assédio a jogadores: “Não vou abrir mão”

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O dirigente também falou da ausência do atacante Carlinhos no jogo contra o Flamengo, novo clube do jogador O presidente do Nova Iguaçu, Jânio Moraes, está incomodado com a maneira que alguns clubes têm abordado seus atletas, sem entrar em contato previamente com ele e seus pares da diretoria. O clube da Baixada Fluminense atraiu para si os olhares do mercado da bola ao alcançar o vice-campeonato carioca, deixando grandes como Vasco, Botafogo e Fluminense para trás.
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No fim de abril, o Nova Iguaçu estreia na Série D do Campeonato Brasileiro e a direção vê a manutenção do elenco como uma forma de chegar mais longe na competição.
– Não vou abrir mão de outros jogadores. Se assinaram ou fizeram alguma coisa, é problema deles. O diálogo é fundamental e a pior coisa que tem é ficar sabendo pelas pessoas. Comigo ninguém se dirigiu e já começamos o nosso planejamento para a Série D. É o nosso foco. A gente trabalhou por três meses sem entrar nenhum dinheiro no clube, mas honramos com nossos compromissos – afirmou.
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– Eu gosto de conversar quando apresentam contrato com papel timbrado do outro clube. Tem que procurar quem tem os direitos econômicos. Mas não, vão por outros lados, conversam com empresário – reclamou.
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Divulgação: Vitor Melo/Nova Iguaçu
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Alguns nomes da equipe já deixaram o clube de forma “bacana” e “correta”, na visão do dirigente. Foram eles: o atacante Carlinhos, para o Flamengo, o goleiro Fabrício, para o Internacional, e o meia Yago, que retornou para o Fluminense após empréstimo.
Outro destaque, o zagueiro Sergio Raphael, contudo, vive situação diferente. O ge noticiou na última semana o acordo do jogador com a Ponte Preta. Questionado sobre a situação, o presidente foi taxativo:
– Sergio Raphael tem contrato até setembro. Estou contando com ele para a Série D.
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André Durão
O caso de Carlinhos
Às vésperas do jogo de ida da final do Carioca, o Flamengo fechou a contratação do artilheiro do Nova Iguaçu, Carlinhos. Formado na base do Corinthians e com um bom desempenho nas últimas competições que disputou, o jogador vinha sendo sondado por outras equipes. O Rubro-Negro se antecipou e fez a proposta que agradou ao clube da Baixada.
Carlinhos chegou a jogar a primeira partida da decisão, na qual o Nova Iguaçu foi derrotado por 3 a 0. No domingo, porém, sentiu dores no aquecimento e não pôde fazer sua despedida.
– Quem estava pagando o salário do Carlinhos era o Nova Iguaçu e ele queria muito jogar. Ele ficou a semana toda em tratamento. Não comentamos isso antes. Na hora do aquecimento, ele sentiu. Acho que o cara sempre tem que ser profissional, e ele foi. O cara ficou arrasado. Quem não quer jogar um jogo desse? – revelou.
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Marcelo Cortes /CRF
Apesar da ausência no último jogo, a venda de Carlinhos foi muito positiva para o Nova Iguaçu. Por 70% dos direitos do jogador, o Flamengo acertou o pagamento 600 mil euros – correspondente a R$ 3,2 milhões na conversão para a moeda brasileira.
Para o Rubro-Negro, o atacante foi uma aposta mais em conta. Mas para o Nova Iguaçu os valores serão fundamentais para os projetos futuros.
– O nosso foco é melhorar cada vez mais a estrutura. Nenhum país cresce sem melhorar a estrutura. A gente coloca isso no clube também, tem que investir.
– Nós estamos estruturando o clube de uma maneira que ele só tende a crescer. As coisas não acontecem por acaso. Nós estamos conseguindo manter uma regularidade de competição. A gente vem há três anos consecutivos jogando Série D, Copa do Brasil e cinco jogando o Carioca na primeira.
Jânio não descarta perder outros jogadores em breve e está se movimentando no mercado. O clube acertou na última semana a contratação do goleiro Mota, que estava no Madureira. Ele será o substituto de Fabrício, que foi contratado pelo Internacional. O clube também está apalavrado com um jovem atacante de São Paulo, mas o dirigente não quis revelar o nome pois ainda falta a assinatura do contrato.
Há ainda a expectativa da chegada de mais atacante de área e um zagueiro. Mas o dirigente também aposta na base. A formação é um dos pilares do clube da Baixada Fluminense.
– Às vezes você vê a situação de clubes, eu já estive nessa posição e posso falar, como Boavista e Bangu, que já estiveram lá em cima. Eu sempre converso com eles: “Cara, vocês têm que investir mais na base”. A base dá uma diminuição nos custos. Como você consegue diminuir a folha? Através de prata de casa. Agora, nos outros clubes, todo mundo teve que se desfazer do elenco, então como faz para manter a estrutura? – concluiu.

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