Primeira amostragem do ‘São Paulo de Zubeldia’ é ótima

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Tricolor fez um excelente início de jogo e resolveu o placar rapidamente quando o Barcelona era melhor na 2ª etapa Depois de três dias de treinamento com seu novo treinador, o São Paulo deu uma primeira resposta positiva na noite desta quinta-feira em Guayaquil. Bateu o Barcelona por 2×0 e ficou em situação confortável no Grupo B da Libertadores. A busca por se impor com a bola e demonstrar traços de organização coletiva para isso foi o ponto alto do Tricolor.
Apesar do placar levar a interpretação de um duelo totalmente dominado, o São Paulo encontrou problemas quando precisou defender mais dentro do próprio campo. Chegou perto de levar o gol de empate antes do tento marcado por Alisson no início da 2ª etapa, o que encaminhou um final de jogo sem sustos.
Escalações
O técnico interino Germán Corengía escalou o Barcelona no 4-2-3-1. Destaque para o centroavante Obando, de apenas 17 anos, e para o talentoso Gaibor atuando como volante. O brasileiro Leonai ficou no banco.
Já Luis Zubeldia, em sua estreia pelo tricolor paulista, montou uma equipe bem ofensiva. Escalou linha de quatro na defesa. Alan Franco ganhou chance ao lado de Arboleda. Ferraresi e Diego Costa ficaram no banco. André Silva e Ferreira partiram dos flancos do ataque. Luciano se aproximou de Calleri pelo meio da linha de frente.
Como Barcelona de Guayaquil e São Paulo iniciaram o duelo válido pela 3ª rodada do Grupo B da Libertadores 2024
Rodrigo Coutinho
O jogo
Talvez nem o torcedor mais entusiasmado com a chegada de Zubeldia tenha projetado um início de jogo tão bom do São Paulo. Por cerca de 25 minutos o Tricolor fez do Monumental de Guayaquil o quintal de sua casa. Botou a bola no chão e trocou passes curtos da defesa até o ataque. Coordenado nos movimentos de apoio desde a saída, descobriu muitos espaços entre os setores rivais.
O primeiro traço de padrão com o técnico argentino foi uma saída de bola ”sustentada” com os quatro elementos da linha defensiva, e Pablo Maia e Alisson se oferecendo como opções de passe curto logo a frente. A descoordenada tentativa de pressionar dos equatorianos ofereceu a liberdade que os volantes tricolores precisavam para distribuir as bolas.
André Silva e Ferreira apareciam e recebiam pelos lados, conduziam para superar os atrasados combates dos laterais do Barcelona. Exatamente nesta dinâmica, André Silva fez uma inversão para Ferreira cruzar e Calleri marcar de cabeça. Chamou a atenção a sintonia entre os quatro homens mais avançados quando a bola chegava ao campo de ataque.
André fez algumas trocas com Luciano. Também se aproximaram por dentro, abriram o corredor direito para Igor Vinícius passar. O lateral chegou a produzir uma boa jogada em cruzamento rasteiro. Welington teve menos espaço de avanço pela esquerda, já que Ferreira ficou um pouco mais fixo. Mas fez um 1º tempo seguro defensivamente.
Calleri comemora gol do São Paulo contra o Barcelona-EQU
Divulgação/Conmebol
A medida que o Barcelona foi ajustando o combate aos volantes e zagueiros são-paulinos, ficou mais difícil sair de forma tão limpa e encontrar as linhas de passe para progredir. Após alguns erros no campo de defesa, a opção foi por alguns passes longos para colocar o time novamente no campo de ataque. Os equatorianos conseguiram mais imposição nas disputas de ”primeira e ”segunda” bola.
Se instalaram no campo de ataque e incomodaram. Já com o habilidoso e rápido João Rojas pela direita, e Oyola pela esquerda, trabalharam boas dobras com os laterais ou tentaram triangulações com as aproximações de Damián Diaz. O São Paulo encontrou dificuldades para impedir que bolas chegassem a sua área, mas contou com uma boa proteção dos zagueiros inibindo finalizações.
Por mais que o São Paulo tenha criado uma boa chance em tabela de Ferreira e Luciano num contragolpe logo no primeiro minuto do 2º tempo, o cenário de pressão do Barcelona se intensificou em comparação a etapa inicial. Ficou nítida a pouca aptidão defensiva do time escalado quando foi obrigado a marcar mais perto da própria área.
Barcelona-EQU x São Paulo
Divulgação/Conmebol
Rafael fez duas grandes defesas em finalizações de João Rojas, que era o jogador mais perigoso do Barcelona e foi sacado inexplicavelmente logo depois. Ferreira sentiu e foi o primeiro sacado do São Paulo. Michel Araujo entrou para compor o lado esquerdo com Welington e o time se reequilibrou. Mesmo ainda pressionado, conseguiu responder de maneira mais competitiva.
Tanto que não demorou a marcar o segundo gol. Alisson fez grande jogada ao ganhar um rebote de escanteio ofensivo, mas a origem do lance foi mais um contragolpe, desta vez puxado por Michel Araújo. O Barcelona ainda tentou se mobilizar para buscar o empate, mas voltou ao caráter inicial. Letárgico para combater e espaçado entre os setores. Pouco incomodou a defesa tricolor.
Zubeldia ainda garantiu mais segurança na retaguarda ao colocar Diego Costa como lateral-direito e liberar Igor Vinícius como um ponta. Galoppo foi outro a receber oportunidade. Mais perto dos últimos minutos, Rodrigo Nestor e Juan foram utilizados. Com a situação totalmente controlada, o Tricolor aguardou o apito final com tranquilidade.

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