Público, gols, receita: os recordes que podem ser batidos na Copa do Mundo Feminina do Brasil

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Edição anterior, na Austrália e Nova Zelândia, estabeleceu novas marcas para a competição O título inédito da Copa do Mundo Feminina é a meta principal do Brasil no torneio que o país organizará em 2027. Mas, além da taça, existem outras marcas que podem fazer o país entrar na história da competição.
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Com dez estádios modernos, construídos ou reformados para a Copa Masculina de 2014, o Brasil tem a chance de superar o principal recorde estabelecido ano passado no Mundial da Austrália e da Nova Zelândia: público total nas partidas (1,9 milhão de torcedores).
Dentro de campo, a missão é das jogadoras. Ano passado, foram marcados 164 gols nos gramados da Oceania, o maior número em uma só edição de Copa Feminina. Um feito compartilhado por 100 jogadoras diferentes, também um recorde.
Veja os principais recordes da Copa do Mundo Feminina
Público total nos estádios – 1.978.274 torcedores em 64 jogos (Austrália e Nova Zelândia 2023)
Média de público – 37.319 torcedores por jogo (EUA 1999)
Jogo com mais público – 90.185 torcedores (final da Copa dos EUA 1999, no Rose Bowl)
Público nas Fan Fests – 650 mil torcedores (Austrália e Nova Zelândia 2023)
Mais gols marcados em uma Copa – 164 (Austrália e Nova Zelândia 2023)
Mais jogadoras fazendo gol em uma Copa – 100 (Austrália e Nova Zelândia 2023)
Melhor média de gols – 3,84 por jogo (EUA 1999)
Receita total – 570 milhões de dólares, equivalente na época a R$ 2,8 bilhões (Austrália e Nova Zelândia 2023)
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Rafael Arantes
Público pode superar 2 milhões de torcedores
As marcas estabelecidas na Copa da Austrália e da Nova Zelândia, tanto de público como de gols, foram resultado direto do aumento de seleções participantes (32) e, por consequência, de jogos (64). No Brasil, com a mesma quantidade de equipes e partidas, o recorde de gols vai depender do talento das seleções. Para superar o público, o trunfo é a capacidade dos estádios brasileiros.
Se todos os ingressos forem vendidos, a Copa Feminina do Brasil será a primeira a ultrapassar a casa dos dois milhões de torcedores nos estádios, com um público total de 2,3 milhões. Mas nem será preciso ter casa cheia em todos os jogos: com uma ocupação média de 81%, a Copa de 2027 já ultrapassaria a marca de 2023.
Mas para bater o recorde de média de público por partida, aí sim a Copa do Brasil dependerá do apoio da torcida. Somente com ocupação total será possível chegar à média de 37.381 torcedores por jogo, superando por muito pouco o recorde de 37.319, estabelecido no Mundial de 1999, nos Estados Unidos. O projeto da candidatura brasileira prevê uma capacidade reduzida nas dez arenas do Mundial, mas há possibilidade de aumento se houver demanda.
Veja a apresentação da candidatura do Brasil à Copa Feminina de 2027
O Mundial de 1999 detém um recorde que seguirá intacto pelo menos até a Copa de 2031: o de partida com mais torcedores. A final vencida pelos EUA contra a China, nos pênaltis, foi vista por 90.185 pessoas no Rose Bowl, na Califórnia, numa rodada dupla que começou com a vitória do Brasil sobre a Noruega, também nos pênaltis, na disputa do terceiro lugar. Em 2027, a maior capacidade possível será de 72.689, no Maracanã.
A participação do público será fundamental também para o bolso da Fifa. Ano passado, o presidente da entidade, Gianni Infantino, comemorou a geração de receita de 570 milhões de dólares, equivalente na época a R$ 2,8 bilhões, valor inédito para um Mundial Feminino.
Fora do estádios, é esperada forte presença do público nas Fan Fests que serão espalhadas pelo país, especialmente nas cidades que receberão jogos. Na Copa Feminina de 2023, a Austrália e a Nova Zelândia receberam 650 mil pessoas nas áreas oficiais de entretenimento das torcidas.

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