Racismo contra Vini Jr: presidente da CBF diz que pena a torcedores do Valencia é branda, “mas um início”

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Ednaldo Rodrigues destacou medidas da entidade para combater o racismo no futebol Torcedores do Valencia condenados a 8 meses de prisão por racismo contra Vini Jr
Acompanhando a seleção brasileira nos Estados Unidos, o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, comentou a condenação de três torcedores do Valencia nesta segunda-feira por ataques racistas a Vini Júnior.
Eles foram punidos com oito meses de prisão na Espanha por ofensas cometidas em maio de 2023, no estádio Mestalla. Os envolvidos também foram punidos com a proibição de entrar em qualquer estádio de futebol por dois anos, além de multas.
– Para mim, particularmente, é uma pena branda para um ato de racismo que fere de uma forma profunda o coração de quem sofre. Mas é uma pena e daí vai se buscando regulamentar, aperfeiçoar (a legislação) para que possa ter penas mais pesadas. Oito meses eu entendo ser muito pouco, mas é um início e é assim que nós queremos que possa, no mundo inteiro, estar falando a mesma linguagem – declarou Ednaldo.
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Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF, com o coordenador de seleções Rodrigo Caetano
Rafael Ribeiro / CBF
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O dirigente também comentou medidas adotadas pela CBF no combate ao racismo:
– Desde o início da nossa gestão, foi uma das bandeiras que a CBF defendeu de uma forma muito veemente. E no início nós chamamos a Conmebol, UEFA e FIFA para que pudessem intensificar o combate ao racismo. No início foi de uma forma tímida, apenas colocando multas em valores que às vezes aumentavam. E a proposta da CBF não era para que pudesse pagar para ser racista. A proposta da CBF era para que pudesse ter penas esportivas, assim como a CBF fez, ela sendo a primeira entidade de futebol no mundo a colocar penas esportivas no seu regulamento geral de competições. Isso para chamar a atenção que estava cada vez mais crescendo o racismo, não só no Brasil, mas em todo o mundo e principalmente no futebol. E a gente sabe que não é só no futebol, em todos os segmentos da sociedade. Nós tivemos uma parceria muito grande com a FIFA – disse Ednaldo, que ainda complementou:
– Quando nós fizemos aqueles dois jogos amistosos lá na Espanha, muitos questionaram: “por que a CBF estava fazendo um jogo onde o atleta mais sofre o racismo?” Foi exatamente para dizer, olha, racistas, nós estamos aqui e um dia vai acabar. E quando a FIFA colocou agora no Congresso na Tailândia que todas as federações pudessem incluir nos seus regulamentos penas desportivas para qualquer ato de discriminação nos estádios, isso foi aplaudido por todas as 211 associações. Quando o Vinícius Júnior sofria todo tipo de discriminação, a CBF não se calou. Ela fez com que também as autoridades da Espanha, as autoridades do Brasil pudessem se envolver também e buscar punições. Isso realmente agora acontece.

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