Santos e Palmeiras decidem o Paulistão como especialistas no jogo aéreo

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Palmeiras tem a maior influência aérea ofensiva entre todos os times da Série A em 2024, mas apenas porque o Santos disputará a Série B neste ano. Defesas sabem controlar seus espaços aéreos Favorito para conquistar em casa, pelo terceiro ano consecutivo, o título de campeão paulista depois de ter perdido como visitante a partida de ida das três decisões, o Palmeiras tem no jogo aéreo seu ponto mais forte neste início de temporada, característica que foi ainda mais importante tanto para o Santos chegar às finais, quanto para vencer por 1 a 0 o jogo de ida, na Vila Belmiro, o que deu ao time a vantagem do empate no jogo de volta, em São Paulo. Se o Palmeiras vencer por um gol de diferença o jogo de volta, a decisão será nos pênaltis.
Importância do jogo aéreo no primeiro jogo das finais do Paulistão é debatida no Redação Sportv
Dos 20 times que estão na Série A, da qual também é o atual campeão, o Palmeiras é disparado o ataque com a maior influência aérea neste início de temporada: sem contar três gols de pênalti e um de falta cobrada diretamente para o gol, o Palmeiras marcou 23 gols em jogos oficiais, sendo 17 deles a partir de jogadas aéreas, influência aérea de 74%. Por serem cobranças diretas para o gol (e não jogadas em que a bola estivesse em disputa), pênaltis e faltas diretas não entram no cálculo da influência aérea.
Cruzamentos são a jogada-chave
No ataque, o maior potencial da equipe palmeirense está nos cruzamentos, origem de 13 dos 17 gols aéreos: foram cinco gols marcados com a bola sendo cruzada da esquerda e oito da direita, lado em que o Palmeiras atua com dois laterais de origem: Marcos Rocha e Mayke, que levantaram a bola em cinco desses 13 gols.
O Santos também é mais efetivo com os cruzamentos. Dos 16 gols aéreos, 11 nasceram em cruzamentos. Foram sete da direita e quatro da esquerda, lado por onde chegou ao gol na Vila Belmiro.
Otero sobe para cabecear e fazer gol do Santos no primeiro jogo das finais do Paulistão contra o Palmeiras após cruzamento de Guilhetme
Abner Dourado/AGIF
Apesar de o favoritismo ser do bicampeão paulista que estará atuando em casa, não chegou a ser uma surpresa o ataque santista ter superado pelo alto a eficiência defensiva alviverde. Se o Palmeiras tem 74% de influência aérea ofensiva, no Santos é ainda maior: 84%. Dos 19 gols marcados em jogadas, nada menos que 16 foram marcados a partir de jogadas aéreas.
*Gols marcados na temporada em jogos oficiais sem contar gols de pênalti e de falta direta
Espião Estatístico
O Santos só não tira o Palmeiras da liderança do ranking acima porque neste ano não disputará a Série A por ter sido rebaixado para a Série B. O Santos reformulou seu elenco e contratou para esta temporada o técnico Fábio Carille, que estava no Japão. O técnico Abel Ferreira comanda o Palmeiras desde novembro de 2020.
Controle de seus espaços aéreos
O Santos vem defendendo muito bem seu espaço aéreo: dos dez gols que o Santos sofreu em jogadas (sem pênaltis e faltas diretas), só levou quatro gols a partir de jogadas aéreas, dois deles em cruzamentos.
O Palmeiras também exibe sua competência ao neutralizar o jogo aéreo adversário. Antes da primeira partida das finais do Paulistão, o Palmeiras havia disputado 15 jogos na temporada e sofrido apenas dois gols a partir de jogadas aéreas (dois escanteios) e levado cinco gols em jogadas rasteiras.
Depois do jogo da Vila Belmiro, o Palmeiras sofreu mais um gol a partir de uma bola aérea, em um escanteio, no empate em 1 a 1 contra o San Lorenzo, pela Libertadores, na Argentina.
*Gols sofridos na temporada em jogos oficiais sem contar gols de pênalti e de falta direta
Espião Estatístico
A grande decisão do Paulistão será disputada neste domingo, a partir das 18h, no Allianz Parque.
Dos grandes de São Paulo, só o Corinthians, em 1979, conseguiu ser campeão paulista em ano que não disputou a primeira primeira divisão do Campeonato Paulista. O Ituano foi duas vezes campeão estadual sem estar na elite nacional: em 2002, quando os grandes só disputaram o Supercampeonato Paulista, e em 2014, quando bateu o próprio Santos na final.
*A equipe do Espião Estatístico é formada por: Davi Barros, Guilherme Maniaudet, Guilherme Marçal, João Guerra, Leandro Silva, Roberto Maleson, Roberto Teixeira, Valmir Storti e Zé Victor Meirinho.

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