Sede da Copa América, EUA podem ser o novo centro do futebol?

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Além do torneio que começa nesta semana, Super Mundial de Clubes e Copa do Mundo vão movimentar o país nos próximos três anos; especialistas analisam Nos próximos três anos, a começar por 2024, os Estados Unidos vão receber algumas das principais competições de futebol de futebol. A primeira começa já nesta quinta-feira: Copa América. Torneio que deve movimentar o continente com os duelos da nova geração brasileira com aquele que é considerado um dos maiores jogadores do planeta, Lionel Messi. Em meados de 2025, será a vez da realização do Super Mundial de Clubes, o primeiro neste modelo, com 32 equipes, organizado pela Fifa. E em 2026, será a vez da Copa do Mundo, que estreará o modelo com 48 seleções.
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Argentina, atual campeã da Copa América, abre o torneio nesta quinta-feira contra o Canadá, 21h (de Brasília). SporTV transmite ao vivo e o ge acompanha em tempo real.
Copa América 2024: sedes do torneio nos Estados Unidos
Divulgação/Conmebol
Em meio a tudo isso, diga-se de passagem, os principais jogos que envolvem a NBA e a NFL vão continuar acontecendo, movimentando ainda mais o cotidiano dessas cidades e, consequentemente, fazendo a alegria dos turistas que estarão pelos locais durante esses eventos.
Para se ter uma ideia desta expansão, a Fifa, desde 2023, vem movimentando seus negócios para Miami, levando em conta os investimentos feitos pela principal liga do país, a Major League Soccer (MLS). No caso, as contratações de Messi e Suárez pelo Inter Miami.
Mais de 100 funcionários da entidade máxima do futebol mundial se transferiram da sede na Suíça para Coral Gables, local que vai receber o departamento jurídico, de auditoria, conformidade e gestão de riscos da organização.
Entrada do prédio em Miami no qual a Fifa conta com mais de 100 funcionários
Reprodução/x
Será que com tudo isso, os Estados Unidos podem vir a ser o novo centro do futebol mundial ? Especialistas em gestão e marketing esportivo opinaram sobre o assunto e colocaram seus pontos de vista sob a ótica dos negócios.
– Os Estados Unidos, há anos, vem sendo um grande centro do futebol. Liga sólida, organizada e virou destino não somente de superatletas como também de talentos que despontam em vários países do mundo. Como tudo que fazem no esporte, estes eventos vão levar mais audiência para seus produtos; não tenho dúvidas que crescerão após este período. Além disso, esse movimento só faz com que o mundo todo perceba o quanto são profissionais e cresça o interesse de todos stakeholders em estar próximos aos EUA, atletas, profissionais do esporte e público em geral – opinou Renê Salviano, CEO da Heatmap e especialista em marketing esportivo, e que faz a captação de contratos entre marcas envolvendo profissionais do esporte.
Messi e Suárez, estrelas do Inter Miami
Minas Panagiotakis/Getty Images
– Acredito que as marcas podem tirar grande proveito da exposição e das oportunidades oferecidas por grandes eventos esportivos nos Estados Unidos até a Copa do Mundo de 2026. Ao adotar uma abordagem integrada e criativa, aproveitando patrocínios, parcerias estratégicas, campanhas de engajamento e experiencias interativas com os consumidores as marcas podem aumentar sua visibilidade, fidelizar consumidores e alinhar-se a valores positivos, garantindo um impacto duradouro e significativo – afirmou Wagner Leitzke, diretor de digital da agência End to End, que complementa:
– Os Estados Unidos estão se tornando um polo importante no cenário futebolístico global, especialmente em termos de organização de eventos e crescimento da liga nacional. Eles já podem ser considerados como um dos novos centros do futebol e os próximos anos, com a realização de grandes torneios e a influência de jogadores como Messi, serão cruciais para ver até onde o futebol pode crescer nos EUA. O legado esperado é amplo, criando uma base sólida para o futuro do futebol no país, incluindo consolidar uma cultura do esporte mais robusta, com mais participação dos torcedores, visibilidade na mídia e presença na sociedade norte-americana.
Três jogadores para observar na Copa América 2024
Ivan Martinho, professor de marketing esportivo pela ESPM, observou também a influência da América Latina, que é mais apaixonada pelo “soccer”.
– Depois de diversas tentativas históricas de popularizar o futebol na terra do Tio Sam, a crescente influência da cultura latina, combinação de sediar grandes eventos e ter estrelas de primeira grandeza jogando a liga local tem se mostrado uma receita vencedora para mudar de patamar a importância desse esporte no mercado mais competitivo do mundo. Disputar atenção com as outras quatro grandes ligas já estabelecidas é um desafio e tanto, mas o futebol tem tudo para consolidar sua presença dessa vez – salientou Ivan Martinho, professor de marketing esportivo pela ESPM.
Para Fábio Wolff, sócio-diretor da Wolff Sports e especialista em marketing esportivo, é cedo ainda afirmar que os EUA possam ser o novo centro do futebol. Ainda assim, é inegável falar de tudo o que o país pode proporcionar em termos de grandes eventos.
– O país já tentou por algumas vezes emplacar o crescimento do futebol masculino na cultura americana, mas sem grande sucesso. O país é uma potência esportiva, logo é natural que desejem o crescimento do maior esporte do mundo por lá. O americano é muito profissional no quesito planejamento e organização, com uma cultura esportiva muito enraizada.
Taça da Copa América
Divulgação/Conmebol
Já Thiago Freitas, COO da Roc Nation Sports no Brasil, empresa de entretenimento norte-americana, comandada pelo cantor Jay-Z, que gerencia a carreira de centenas de atletas, entende que o futebol nos Estados Unidos está em franco crescimento por questões demográficas, e não porque esses torneios vão mobilizar uma parcela da população que não dá atenção ao esporte. Na opinião do executivo, o modelo de desenvolvimento do esporte nos Estados Unidos é alinhado com o desenvolvimento da indústria do entretenimento.
– O futebol é o que é por conta do caráter associativo e de como seus clubes foram formados. Os Estados Unidos poderiam sim, ser um grande ponto de encontro de todas as culturas, como já são nas universidades e empresas, também no futebol, sediando todos os torneios internacionais. Possuem estrutura para realizar uma Copa do Mundo anual se quiserem, e com residentes de todas as origens, suficientes para lotar todos os estádios em todos os jogos – observou.

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