Textor no STJD: entenda o julgamento do dono do Botafogo por falas contra o Palmeiras

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Norte-americano foi denunciado por declarações feitas após derrota no Brasileirão A partida entre Botafogo e Palmeiras pelo Brasileiro do ano passado continua rendendo desdobramentos. John Textor, dono da SAF alvinegra, será julgado pelo pleno do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), na tarde desta terça-feira, na sede do Tribunal de Justiça Desportiva de São Paulo, na Barra Funda, por incidentes naquela derrota por 4 a 3.
Após o apito final, Textor entrou no campo e acusou a CBF de corrupção, pedindo a renúncia de Ednaldo Rodrigues, presidente da entidade. O dono da SAF entendeu que a equipe foi “roubada” pela expulsão de Adryelson no segundo tempo, quando o Alvinegro ainda vencia por 3 a 1 – o Verdão venceu de virada e caminhou para a conquista do título.
John Textor dispara contra CBF e arbitragem: “Isso é corrupção, isso é roubo”
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O processo corre desde novembro. O executivo foi punido preventivamente pelo STJD por 30 dias em 3 de novembro, dois dias após o duelo. Textor foi denunciado três vezes no artigo 243-F (ofensa à honra) e uma no 258-B (invadir local destinado à equipe de arbitragem ou o local da partida).
O caso foi julgado na primeira instância, no Rio, no começo de dezembro. Textor foi absolvido no artigo 258-B por unanimidade. O primeiro 243-F, direcionado ao árbitro Bráulio da Silva Machado, foi descaracterizado e modificado para o 258, sendo atribuída pena de 15 dias de suspensão por maioria.
As outras duas denúncias no 243-F foram aglutinadas, definindo punição de 20 dias e multa de R$ 25 mil, também por maioria. No total, Textor recebeu suspensão de 35 dias e multa de R$ 25 mil, já descontando os 28 dias cumpridos na suspensão preventiva cumprida.
Horas depois, a defesa do Botafogo deu entrada com um efeito suspensivo e teve sucesso. Desta forma, Textor conseguiu acompanhar a reta final do Brasileiro, apesar da punição.
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Agora, o caso volta a ser julgado. Textor está envolvido também em outro processo no STJD. Na próxima segunda-feira, dia 15, ele será julgado no caso da denúncia de manipulação de resultados. Sobre este tema, recentemente, ele prestou depoimento na Polícia Civil do Rio de Janeiro.
A defesa de Textor
Em documento enviado na última sexta-feira, Textor reforçou o interesse de participar presencialmente do julgamento desta terça. Por morar nos Estados Unidos, a procuradoria deu a opção de o norte-americano ser ouvido de forma remota, por um aplicativo de videochamadas.
Portanto, a tendência é que Textor vá a São Paulo para participar da sessão – assim como fez no Rio de Janeiro, em dezembro do ano passado. O documento enviado pelos advogados do empresário informaram que ele “não produzirá outras provas além daquelas condicionadas aos autos”.
O caso será julgado na cidade de São Paulo por conta das sessões itinerantes do STJD. Recentemente, o americano teve o caso da suspensão preventiva nas denúncias da manipulação julgado em Belém do Pará.
Em 2023, a defesa, na tentativa de evitar a punição, afirmou que ele não quis tratar de “corrupção financeira” ao falar de Ednaldo Rodrigues e que houve um erro de entendimento da palavra “corruption” do inglês para o português.
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Raphael Zarko
Novos advogados
Luciana Lopes, que defendeu Textor em dezembro, não está mais no processo. A advogada renunciou ao caso após o norte-americano levantar suspeitas sobre o comportamento de cinco jogadores do São Paulo. Sem apresentar provas, o empresário divulgou um documento no qual aponta possível manipulação de resultado na derrota do Tricolor por 5 a 0 para o Palmeiras no Brasileiro do ano passado.
Como Luciana também defende o São Paulo, ela abriu mão de defender Textor para evitar conflito de interesses. O norte-americano agora é representado escritório Campos Mello Advogados, ao lado do escritório internacional DLA Piper.
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Punição
John Textor foi denunciado nos artigos 243-F três vezes, que prevê multa de R$ 100 a R$ 100 mil e suspensão de 15 a 90 dias, e 258-B, que prevê suspensão de 15 a 80 dias.
Como o recurso foi apresentado tanto pela defesa quanto pela procuradoria, a pena de 35 dias estabelecida no julgamento anterior pode ser ampliada ou reduzida, dependendo da interpretação dos membros do pleno.
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Reprodução
Problemas com o Palmeiras
John Textor e Leila Pereira, presidente do Palmeiras, acumulam problemas desde a partida do último Brasileiro. No começo do mês, o norte-americano afirmou que tem “provas de que o Palmeiras vem sendo beneficiado por dois anos”.
Antes da final do Campeonato Paulista, no último domingo, Leila detonou Textor. O Palmeiras também entrou com uma ação no STJD pelas declarações do executivo do Alvinegro.
– Este senhor já está falando essas barbaridades desde que fomos campeões brasileiro. O Palmeiras está processando o John Textor tanto na esfera civil como também pedimos instauração de inquérito policial. Ele tem que comprovar o que ele diz. Eu acho que o Textor é a grande vergonha do futebol brasileiro, porque é uma irresponsabilidade ímpar uma pessoa ficar fomentando mentiras. Ele tem que provar – afirmou Leila.
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