“Um pai para mim”: como Flaco López, do Palmeiras, foi resgatado por novo técnico do São Paulo

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Depois de ser emprestado ao pequeno Colegiales, no interior da Argentina, atacante estreou como profissional sob o comando de Luis Zubeldía, treinador do Lanús que o subiu da Reserva à Primeira Bate-papo exclusivo: Flaco López fala do bom momento no Palmeiras
Flaco López habituou-se aos campos desnivelados e à água gelada dos vestiários, na Liga amadora da Argentina, quando defendeu o Colegiales de Tres Arroyos, no interior do país. Estava distante da estrutura do Lanús – clube que o emprestou -, mas tinha comida, uma casa e a certeza do próprio sonho: virar atleta profissional.
– Você acaba lembrando da fome, do que passou, então começa a valorizar tudo que tinha no Lanús e luta para voltar – contou o atacante, na época, ao Clarín.
Saiu desconhecido, voltou artilheiro. Não estava nos planos para o profissional, aliás, mas por conta da pandemia terminou resgatado pelo treinador do time: Luis Zubeldía. Quase quatro anos depois, eles se reencontram como rivais no Brasileiro, às 20h desta segunda, em São Paulo x Palmeiras.
– Será um grande desafio para ele comandar o São Paulo e eu tenho um apreço muito grande por ele. É um pai futebolístico para mim. Estou feliz de encontrá-lo. Espero dar o meu melhor e respeitá-lo ganhando, né? – disse o atacante, aos risos, nesta semana pré-jogo.
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Flaco López em campo pelo Lanús, na Argentina
Divulgação / Lanús
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A história de Flaco López e Luis Zubeldía começa ainda na base do Lanús, em Buenos Aires.
O atacante recebeu a primeira oportunidade no clube na Categoria 2000, pouco depois de ser dispensado do Independiente e de pensar em desistir da carreira por uma lesão no quadril, mas passou quase despercebido e terminou emprestado ao Atletico Colegiales, de Tres Arroyos.
Foi artilheiro, subiu a equipe de divisão e voltou ao Lanús ao fim do empréstimo para atuar na Reserva, que é uma espécie de Sub-23 na Argentina.
– Quando o viram jogar, já sabiam que era diferente. Ele foi artilheiro e os comentários chegaram aos ouvidos de Luis Zubeldía – lembra Zurdo Fantoma, fotógrafo do Lanús e que registrou especialmente os anos em que Flaco atuava na reserva.
Flaco López ainda criança na época em que jogou na base do Independiente
Acervo Pessoal
O atacante não estava nos planos do profissional naquele período, mas o Lanús havia reduzido as contratações por conta da pandemia da Covid-19 e assim subiu nomes da base ao principal. Entre eles, Flaco López.
– Zubeldía deu a oportunidade dele estrear na Primeira e eles têm uma excelente relação até hoje – conta Javier Kloz, responsável por descobrir Flaco ainda criança, em conversa com o ge.
Registro do primeiro gol marcado por Flaco López como profissional, pelo Lanús
Tati Fantoma / Lanús
Flaco e Zubeldía, aliás, segundo Javier, chegaram a se encontrar em agosto do ano passado no Brasil, quando o técnico comandou a LDU de Quito nas quartas de final da Sul-Americana, contra o São Paulo.
Foi sob o comando do treinador, aliás, que mudou de ponta para centroavante. Estreou como profissional em 3 de janeiro, aniversário do Lanús, e na partida seguinte, contra o Rosario Central, fez o primeiro gol, em uma vitória por 2 a 0.
Flaco passou a comandar o ataque do Lanús, aos 21 anos, ao lado do experiente Pepe José Sand, de 41, e tornou-se a grande figura do time de Luis Zubeldía. Por vezes é posto como o maior acerto do treinador em 2021.
– Creio que qualquer equipe da Alemanha o vê e vem buscá-lo, porque tem um poderio físico extraordinário e uma maneira tremenda de cabecear. O vejo com características de ir para uma grande equipe da Alemanha – disse o técnico, em 2021.
Flaco López reencontrou família e abraçou fã em passagem do Palmeiras pela Argentina
Em vez da Alemanha, Flaco López desembarcou no Brasil meses depois. Foi escolhido pelo Palmeiras de Abel Ferreira, com um investimento de R$ 35,7 milhões, visando o futuro, e em sua terceira temporada no clube – após a difícil adaptação do início – sustenta o posto de artilheiro, com 11 gols, em números que trabalha para ampliar.
Flaco López
Marcello Zambrana/AGIF
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