Vice-presidente do Corinthians diz à Polícia que alertou Augusto Melo sobre suposto “laranja” há um mês

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Armando Mendonça prestou depoimento na última terça-feira após ser citado em uma queixa-crime movida por Sérgio Moura, superintendente de marketing afastado do clube Entrevista do presidente do Corinthians ainda rende polêmicas
Citado em uma queixa-crime movida por Sérgio Moura, superintendente de marketing afastado do Corinthians, e intimado a depor na última terça-feira, Armando Mendonça, segundo vice-presidente do clube, afirmou que alertou o presidente Augusto Melo sobre o suposto caso de “laranja” envolvendo a instituição há um mês.
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Em depoimento concedido na sede do Drade (Delegacia de Polícia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva), Armando Mendonça assegurou que Augusto Melo teve ciência das acusações de repasses do intermediário de contrato com a VaideBet ainda em maio.
– Já no dia 8 de maio de 2024, informei ao presidente Augusto Melo que a empresa intermediadora do nosso patrocínio máster à época (VaideBet), a Rede Social Media, de São José dos Campos, recebeu um valor de patrocínio e que o dinheiro estava sendo desviado para uma conta de uma pessoa física, que é sócia de uma (empresa) “laranja” – relatou às autoridades, em depoimento publicado pela “ESPN” e ao qual o ge teve acesso.
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Armando Mendonça e Augusto Melo
Divulgação
– No dia 8 de maio de 2024, estive na sala do presidente Augusto Melo, no Parque São Jorge, e relatei que havia recebido informações que entendia gravíssimas e que o presidente do Sport Club Corinthians Paulista, como mandatário responsável pelo clube, deveria tomar imediatas providências, antes que tais informações se tornassem públicas e a gestão fosse acusada de omissão – acrescentou.
Armando Mendonça relata para a Polícia que foi procurado por Juca Kfouri, responsável pela reportagem do suposto “laranja”, mais de “duas semanas antes” da publicação da reportagem de 20 de maio. Foram as informações do jornalista que levaram o vice a procurar Augusto Melo.
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Ainda no depoimento, Armando diz que pediu para o clube parar de pagar a intermediação do contrato da VaideBet, direcionado para a Rede Social Media Design, de Alex Cassundé, até a situação ser “auditada minuciosamente”.
– Isso poderia causar um grande dano financeiro ao Corinthians e estaria “abastecendo” outra (empresa) considerada “fantasma”, ou seja, transformando dinheiro lícito em ilícito. Dito tudo isso para o presidente, ele preferiu, naquela oportunidade, não seguir com nenhuma das minhas sugestões ou recomendações – assegura.
“Nunca fui consultado para dar opinião”, desabafa Armando
Armando Mendonça, segundo vice-presidente do Corinthians
Emilio Botta
Procurado pela reportagem, Armando Mendonça desabafou sobre a atual situação como segundo vice-presidente do Corinthians. A relação com Augusto Melo se encontra estremecida diante dos últimos fatos, mas o dirigente quer permanecer na gestão.
– Nunca fui consultado para dar nenhuma opinião em cinco meses. Cheguei e fiquei encostado. Por não ser da minha característica ficar sem fazer nada, fui ajudando quem pedia ajuda, conselheiro, um sócio, um problema ali, ajudando um departamento – disse, em conversa com o ge.
– Respeito muito o presidente do clube estou à disposição do presidente. Ele pode contar comigo para o que precisar. Permanecerei no cargo e estou à disposição. Não tenho nada contra o presidente. Minha preocupação é fazer uma gestão profissional e estou à disposição para todos da gestão – acrescentou.
Armando Mendonça compareceu à Polícia ao ser citado por Sérgio Moura. O superintendente de marketing afastado fez uma imputação para solicitar um inquérito sob acusação de injúria contra ex-dirigentes do Corinthians, como Rubens Gomes, e até jornalistas.
O segundo vice-presidente do clube é citado por ter pedido esclarecimentos a Sérgio Moura sobre “alguma suposta irregularidade” no contrato com a VaideBet e a relação com Alex Cassundé, sócio da empresa intermediária do acordo com a casa de apostas.
– Não consigo entender a razão dele ter colocado o vice para ser ouvido, sendo que na própria petição não me acusa de nada. Ele não imputa nenhum ato ilícito a mim, mas ele pedir meu depoimento leva uma questão que tratava internamente para a Polícia, e consequentemente isso se torna público. Infelizmente o Corinthians não merecia isso – lamenta Armando Mendonça.
Sergio Moura diz no documento que respondeu aos questionamentos, dizendo que não “conhecia as referidas empresas ou detalhes do pagamento da comissão”.
O chefe afastado do marketing do Corinthians assegura que “jamais recebeu qualquer valor de forma irregular, quer seja pela sua conta bancária pessoal, quer seja pela sua empresa”.
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