Atacante tem posicionamentos firmes em entrevista prévia ao amistoso entre Brasil e Espanha pela luta antirracista: “É desgastante por estar meio sozinho. Já fiz tantas denúncias e ninguém é punido” Um jogo com protagonista bem definido antes mesmo de a bola rolar: Vini Jr.
Seja por jogar em casa no Santiago Bernabéu, seja pela relevância que tem na seleção brasileira, seja, principalmente, pelas ações antirracistas previstas, o camisa 7 terá os holofotes voltados para ele no Espanha x Brasil, terça-feira, em Madrid. É justamente por isso que foi Vini quem deu coletiva nesta segunda, no CT do Real.
Vini Jr em entrevista coletiva nesta segunda no CT do Real
Cahê Mota / ge
O painel com a logo da CBF em preto e branco e o slogan “uma só identidade” deixavam claro que a partida amistosa tem demandas muito além das esportivas. E dar voz a Vinícius era fundamental para deixar a mensagem ainda mais evidente para o mundo do futebol:
“É cada vez mais triste. Cada vez eu tenho menos vontade de jogar”
“Acredito que seja muito triste tudo que eu venho passando a cada jogo, a cada dia, a cada denúncia vai aumentando. É muito triste, mas não só eu, mas todos os negros que sofrem no dia a dia o racismo verbal é minoria perto de tudo que os negros passam no mundo”
– Meu pai sempre teve dificuldade por ser negro. Entre ele e um branco, sempre vão escolher um branco. Tenho lutado bastante por tudo que tem acontecido comigo. É desgastante por estar meio sozinho. Já fiz tantas denúncias e ninguém é punido, nenhum clube é punido. A cada dia que passa, luto por todos que passam por isso. Se fosse só por mim e pela família, não sei se continuaria. Mas fui escolhido para defender uma causa bem importante e que eu estudo a cada dia para que no futuro próximo meu irmão de cinco anos não passe pelo que estou passando.
Convocado desde 2019, Vini Jr soma três partidas com a camisa da Seleção com três gols marcados. Nesta terça-feira, às 17h30 (de Brasília), terá a oportunidade e melhorar as estatísticas diante dos espanhóis, no Santiago Bernabéu.
Seja por jogar em casa no Santiago Bernabéu, seja pela relevância que tem na seleção brasileira, seja, principalmente, pelas ações antirracistas previstas, o camisa 7 terá os holofotes voltados para ele no Espanha x Brasil, terça-feira, em Madrid. É justamente por isso que foi Vini quem deu coletiva nesta segunda, no CT do Real.
Vini Jr em entrevista coletiva nesta segunda no CT do Real
Cahê Mota / ge
O painel com a logo da CBF em preto e branco e o slogan “uma só identidade” deixavam claro que a partida amistosa tem demandas muito além das esportivas. E dar voz a Vinícius era fundamental para deixar a mensagem ainda mais evidente para o mundo do futebol:
“É cada vez mais triste. Cada vez eu tenho menos vontade de jogar”
“Acredito que seja muito triste tudo que eu venho passando a cada jogo, a cada dia, a cada denúncia vai aumentando. É muito triste, mas não só eu, mas todos os negros que sofrem no dia a dia o racismo verbal é minoria perto de tudo que os negros passam no mundo”
– Meu pai sempre teve dificuldade por ser negro. Entre ele e um branco, sempre vão escolher um branco. Tenho lutado bastante por tudo que tem acontecido comigo. É desgastante por estar meio sozinho. Já fiz tantas denúncias e ninguém é punido, nenhum clube é punido. A cada dia que passa, luto por todos que passam por isso. Se fosse só por mim e pela família, não sei se continuaria. Mas fui escolhido para defender uma causa bem importante e que eu estudo a cada dia para que no futuro próximo meu irmão de cinco anos não passe pelo que estou passando.
Convocado desde 2019, Vini Jr soma três partidas com a camisa da Seleção com três gols marcados. Nesta terça-feira, às 17h30 (de Brasília), terá a oportunidade e melhorar as estatísticas diante dos espanhóis, no Santiago Bernabéu.
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