Começa audiência de Julian Assange em tribunal dos EUA após acordo por liberdade

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O criador do WikiLeaks fez um acordo com os americanos para assumir uma acusação por espionagem em audiência nas Ilhas Marianas do Norte. Após a audiência, o Assange deve ser oficialmente libertado e espera-se que volte para a Austrália. O ativista ficou mundialmente conhecido pela divulgação de arquivos confidenciais e militares norte-americanos. Julian Assange olha através da ecotilha do avião durante voo em direção às Ilhas Marianas do Norte
WikiLeaks/Divulgação
A audiência que pode dar a liberdade ao fundador do WikiLeaks, Julian Assange, começou no tribunal dos EUA nas Ilhas Marianas do Norte pouco após as 20h (horário de Brasília) na noite desta terça-feira (25).
A audiência é fruto de um acordo de Assange com a Justiça dos EUA. Na sessão, ele vai se declarar culpado em uma acusação por espionagem e deve ser oficialmente libertado, segundo documentos da Justiça americana.
O fundador do WikiLeaks deve ser sentenciado a 62 meses de prisão, tempo que ele já cumpriu no Reino Unido. Após se declarar culpado e passar pela audiência, Assange estará oficialmente liberado e espera-se que ele volte para a Austrália, país do qual é cidadão.
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Assange pousou no Aeroporto Internacional de Saipan, nas Ilhas Marianas do Norte, durante a tarde desta terça em uma aeronave . Sua aeronave aterrissou no Aeroporto Internacional de Saipan às 17h14 (horário de Brasília), segundo o site FlightRadar24. A chegada foi confirmada pelo perfil oficial do WikiLeaks no X (antigo Twitter).
O voo decolou de Bangkok na manhã desta terça, onde havia feito uma parada para reabastecimento após trajeto entre o Reino Unido e a Tailândia. Durante o trajeto, o voo de Assange chegou a ser o mais monitorado do mundo no FlightRadar24, informou ao g1 o site especializado em monitoramento aéreo em tempo real.
Assange deixou uma prisão de segurança máxima em Londres nesta segunda (24), após chegar a um acordo com a Justiça dos EUA. O acordo prevê que Assange se declare culpado por violar a lei de espionagem americana e peça perdão aos EUA.
Fundador do WikiLeaks, Julian Assange chega a tribunal dos EUA para audiência que pode libertá-lo em 25 de junho de 2024.
REUTERS/Kim Hong-Ji
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A acusação criminal que Assange vai assumir é de conspiração para obter e divulgar documentos classificados de defesa nacional dos EUA, segundo documento da Justiça americana.
Espera-se que após a audiência Assange vá para casa, na Austrália. A escolha da Ilha Ilhas Marianas do Norte para a audiência, inclusive, acontece por conta da proximidade com o país-natal dele.
Segundo o site FlightRadar24, o voo de Julian Assange para a Austrália está previsto para decolar de Saipan às 23h10 (horário de Brasília) desta terça, e chegar às 5h53 (horário de Brasília) desta quarta (26).
Comitiva de carros que acredita-se levar Assange saindo do aeroporto internacional de Seipan, nas Ilhas Marianas do Norte.
Reuters
Avião da VistaJet que leva o criador do WikiLeaks, Julian Assange, pousa no Aeroporto Internacional de Saipan, nas Ilhas Marianas do Norte, em 25 de junho de 2024.
REUTERS/Issei Kato
Julian Assange desde de avião durante escala em Bangkok
Reprodução/WikiLeaks
Julian Assange ficou mundialmente conhecido por fundar um grupo de ativistas chamado WikiLeaks, em 2006. Nos anos seguintes, a organização vazou cerca de 700 mil documentos classificados dos Estados Unidos, o que irritou autoridades norte-americanas.
Diante disso, Assange enfrentou várias acusações e chegou a ficar sete anos asilado na Embaixada do Equador em Londres, antes de ser preso. Ele será oficialmente libertado após anos de batalhas judiciais e um acordo com os Estados Unidos.
Avião com Julian Assange pousa em Bangkok para reabastecimento
Caso fosse extraditado para os EUA, ele poderia ser condenado a até 175 anos de prisão.
Após se declarar culpado e passar pela audiência, Assange estará oficialmente liberado e espera-se que ele volte para a Austrália, país do qual é cidadão. Segundo sua mulher, Stella Assange, o ativista pedirá perdão ao governo dos EUA e será um “homem livre”.

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