Conselho de transição escolhe Garry Conille para voltar ao cargo de primeiro-ministro do Haiti

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Escolhido pelo conselho nesta terça-feira (28), Cornille liderou o país entre 2011 e 2012 e mais recentemente era o diretor regional da UNICEF na América Latina e Caribe. O então primeiro-ministro Ariel Henry renunciou ao cargo em abril após gangues tomarem o controle do país e exigirem sua deposição. Garry Conille foi escolhido pelo conselho de transição para ser o primeiro-ministro do Haiti em 28 de maio de 2024. Cornille liderou o país entre 2011 e 2012.
AP Photo/Dieu Nalio Chery, File
O conselho de transição do Haiti escolheu nesta terça-feira (28) o ex-primeiro-ministro Garry Conille para retornar ao cargo em meio à luta do país caribenho para restaurar a estabilidade diante do caos instaurado pelas gangues. Conille liderou o país entre outubro de 2011 e maio de 2012.
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O conselho de transição aprovou por 6 a 1 a nomeação de Conille para assumir como primeiro-ministro interino, disse um membro à Reuters. Um membro do conselho disse à Associated Press que um dos membros não estava no país, por isso não votou.
“Após discussões no conselho de transição, após audiências com os candidatos a primeiro-ministro, o Dr. Garry Conille foi escolhido por consenso para liderar o governo durante este período de transição”, disse o líder do conselho, Edgard Leblanc, em publicação no X (antigo Twitter).
Garry Conille vai substituir Michel Patrick Boisvert, nomeado primeiro-ministro interino após a renúncia de Ariel Henry, em abril.
Agora, o conselho de transição, que detém alguns poderes presidenciais, e Leblanc, que atua como presidente interino, têm a tarefa de realizar eleições antes de 7 de fevereiro de 2026, conforme estipulado na Constituição do Haiti.
O presidente Jovenel Moise, que nomeou Henry, foi assassinado em 2021. O Haiti não tem um presidente desde então.
Com extenso currículo em desenvolvimento, Conille é diretor regional do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) para a América Latina e o Caribe. O conselho de transição considera que sua figura seja crucial para reforçar o apoio internacional enquanto o Haiti se prepara para lançar uma missão de segurança apoiada pela ONU e liderada pelo Quênia, embora sua implantação tenha enfrentado obstáculos.
A nomeação de Conille segue a renúncia do primeiro-ministro Ariel Henry em março. Ele estava fora do país e não conseguiu voltar devido à insegurança na capital Porto Príncipe, tomada pelas gangues, que demandavam sua renúncia. Henry havia viajado ao Quênia para negociar o envio de policiais no âmbito de uma missão internacional promovida pela ONU.
Garry Conille terá a tarefa de combater a insegurança desenfreada no país, que viu as gangues expandiram seu alcance nos últimos meses. Mais de 360.000 pessoas estão deslocadas internamente no Haiti, de acordo com estimativas da ONU, principalmente da capital Porto Príncipe, devido ao conflito com as os grupos armados.
Conille foi primeiro-ministro por apenas sete meses, renunciando em fevereiro de 2012 após perder o apoio de seu gabinete e entrar em confronto com o então presidente Michel Martelly.
Conille e Martelly se desentenderam sobre contratos de reconstrução após um terremoto mortal em 2010 e uma investigação parlamentar sobre políticos com dupla cidadania, o que é ilegal no Haiti.

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