Do ataque à embaixada ao iminente revide: entenda a cronologia da escalada de tensões entre Irã e Israel

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Desde o bombardeio israelense à embaixada iraniana na Síria, no início do mês, o Irã promete revidar. Neste sábado (13), o Irã disparou drones em direção a Israel, segundo o exército israelense. Fumaça perto de edifícios diplomáticos do Irã em Damasco, na Síria, em 1º de abril de 2024
Firas Makdesi/Reuters
No início do mês, um bombardeio israelense na embaixada do Irã na Síria matou sete membros da Guarda Revolucionária iraniana, incluindo um comandante sênior da guarda.
O Irã atacou o território de Israel com mais drones neste sábado (13), disseram militares do país, segundo a agência Reuters. Os drones vão demorar algumas horas para alcançar o território israelense.
O país vinha prometendo retaliar. Com medo de um ataque, as Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) deram ordem para suspender aulas em todo o país e restringir aglomerações. As restrições entram em vigor às 17h deste sábado (23h no horário israelense) e vão até a noite de segunda-feira (15).
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Veja abaixo uma linha do tempo das tensões entre Irã e Israel, desde o ataque israelense na embaixada do Irã até esta sexta-feira, com a iminência de um revide iraniano:
1º de abril: Israel bombardeou a embaixada do Irã na Síria, matando três comandantes da Guarda Revolucionária iraniana, incluindo Mohammad Reza Zahedi, comandante sênior da guarda — veja quem foi Zahedi.
1º de abril: Irã diz à ONU que tem o direito de revidar o ataque de Israel, que chamou de terrorista, e pediu que a entidade bilateral responsabilizasse o país pela agressão.
2 de abril: O presidente do Irã, Ebrahim Raisi, disse que o ataque ao consulado “não ficará sem resposta”.
5 de abril: O chefe do Hezbollah, Sayyed Hassan Nasrallah, disse que a resposta do Irã está a caminho. O Hezbollah é um grupo terrorista do Líbano que recebe apoio iraniano — saiba o que é o Hezbollah.
10 de abril: Líderes de Irã e Israel voltaram a trocar ameaças. O aiatolá Ali Khamenei, líder supremo do Irã, voltou a prometer um revide. O ministro das Relações Exteriores israelense, Israel Katz, disse que Israel responderá um possível ataque iraniano.
11 de abril: O governo iraniano sinalizou à Casa Branca que a resposta ao ataque de Israel será “contida”.
12 de abril: A ameaça do Irã de retaliar o ataque de Israel é “real” e “viável”, segundo a Casa Branca. Os Estados Unidos são o maior aliado de Israel e devem dar algum tipo de apoio ao país em um eventual ataque iraniano.
13 de março: Netanyahu afirma que Israel está preparado para um “ataque direto” do Irã. O Irã envia drones para atacar Israel, disse os militares israelenses.
SANDRA COHEN: Como funciona o ‘eixo da resistência’ comandado pelo Irã no Oriente Médio
Guerra fria
Irã e Israel estão em uma espécie de “guerra fria” há anos. O Irã tenta mostrar poder no Oriente Médio e a sua rede de influência regional contra os EUA e Israel sem precisar entrar em conflito direto por meio de ataques do chamado “eixo da resistência” em múltiplas regiões do Oriente Médio.
O “eixo” coordenado pelo Irã é predominantemente formado por milícias xiitas e tem entre os pilares principais Hezbollah, Houthis, Hamas (o único sunita) e facções de apoio no Iraque e na Síria.
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