Ex-vice-presidente de Nicolás Maduro na Venezuela é preso

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Tareck El Aissami é acusado de ter participado de um esquema de desvio de dinheiro da estatal de petróleo do país, a PDVSA. Tareck El Aissami em janeiro de 2024
Leonardo Fernandez Viloria/Reuters
A procuradoria-geral da Venezuela prendeu nesta terça-feira (9) Tareck El Aissami, que foi vice-presidente de Nicolás Maduro entre 2018 e 2018 e também ministro do petróleo do país. Ele é acusado de participar de um esquema de corrupção pelo qual dinheiro da empresa petroleira estatal PDVSA era desviado.
El Aissami, de 49 anos, também foi ministro do presidente Hugo Chávez, que antecedeu Maduro no poder.
Em março de 2023, quando ele estava no Ministério do Petróleo, o próprio Maduro deu ordem para investigar um esquema de corrupção envolvendo venda de petróleo por criptoativos na PDVSA (leia mais abaixo).
Nesse momento, El Aissami renunciou ao cargo e não apareceu mais em público e nem nas redes sociais. Ele já era sancionado pelos Estados Unidos antes disso.
Ele é acusado de traição, lavagem de dinheiro, conspiração e desvio de fundos públicos.
Esquema com criptoativos
A venda de petróleo por meio de criptoativos foi uma aposta do governo chavista para tentar driblar as sanções financeiras impostas pelo governo americano contra a Venezuela.
No entanto, executivos da PDVSA fizeram operações ilegais e desviaram dinheiro da empresa. Segundo informações da imprensa venezuelana, houve um rombo de US$ 15 bilhões (cerca de R$ 75 bilhões, pela cotação atual).
A investigação judicial está acontecendo em etapas. Na primeira delas, há um ano, foram presos 61 funcionários, políticos e empresários do país.
Nesta terça-feira, além de Tareck El Aissami, foram presos também:
Simón Alejandro Zerpa, ex-ministro da Economia.
Samar José López, um empresário acusado de lavagem de dinheiro e capitais.
O procurador mostrou uma foto do momento de sua prisão: o ex-chefão do petróleo aparece algemado com camiseta e agasalho esportivo, escoltado por dois funcionários com o rosto coberto.
O procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, afirmou que a participação direta do ex-vice-presidente foi revelada e por isso ele foi preso para ser acusado pelo Ministério Público.

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