Israel intercepta mísseis lançados a partir do Líbano

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As forças israelenses também afirmaram que mais cedo interceptaram dois drones lançados pelo Hezbollah, um grupo ligado ao Irã. Sistema aéreo de defesa de Israel intercepta mísseis lançados pelo Líbano.
Ayal Margolin/Reuters
Cerca de 40 mísseis foram disparados a partir do território do Líbano contra o norte de Israel nesta sexta-feira (12), de acordo com as Forças de Defesa de Israel (IDF).
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Uma parte desses projéteis foi interceptada, segundo texto publicado pela IDF na rede social X (antigo Twitter).
As forças israelenses afirmaram também que mais cedo havia interceptado dois drones lançados pelo Hezbollah que também foram disparados do território do Libano.
O Hezbollah é um grupo do Líbano, mas recebe apoio do Irã. Nos últimos dias, autoridades iranianas têm dito que vão atacar alvos israelenses em retaliação ao bombardeio do consulado do Irã em Damasco, na Síria.
Tensões no Oriente Médio
A ameaça do Irã de retaliar Israel após um ataque ao consulado iraniano na Síria, em que morreram generais da Guarda Revolucionária do Irã, é “real” e “viável”, disse a Casa Branca nesta sexta-feira (12).
“Continuamos considerando que a ameaça potencial do Irã neste caso é real, é viável”, disse o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, John Kirby, a jornalistas.
O porta-voz não respondeu se acredita que o ataque é iminente e se os Estados Unidos ajudariam a derrubar quaisquer mísseis iranianos disparados contra Israel.
“Eu diria apenas que estamos acompanhando isso muito, muito de perto”, disse ele.
Segundo o jornal “The Wall Street Journal”, Israel está em alerta para um possível ataque direto do Irã a seu território, que pode ocorrer nesta sexta-feira (12) ou no sábado.
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Em várias cidades israelenses o sinal de GPS está bloqueado, na tentativa de evitar ataques de mísseis ou drones. Além disso, funcionários do governo americano no país estão proibidos de deixar as cidades de Tel Aviv, Jerusalém e Bersebá.
Na Europa, Reino Unido, França e Polônia emitiram alertas para que cidadãos não viajem ao Irã e Israel. A Índia fez uma recomendação similar. Já a Rússia está desaconselhando viagens a todo o Oriente Médio.
Na quarta-feira (10), o governo iraniano disse que a ação foi similar a um ataque ao próprio Irã e prometeu vingança. Durante um discurso para marcar o fim do Ramadã — período sagrado para os muçulmanos — o aiatolá Ali Khamenei, líder supremo do Irã, voltou a prometer uma resposta ao ataque na Síria.
“Quando o regime sionista ataca um consulado iraniano na Síria, é como se tivesse atacado o solo iraniano. O regime maligno cometeu um erro e deve ser punido. E será”, disse Khamenei.
Bandeira do Irã perto de prédio atacado em Damasco, na Síria, em 1º de abril de 2024.
Firas Makdesi/Reuters
‘Grande ataque contra Israel’
Kirby acrescentou que Washington garantirá que os israelenses “tenham o que precisam e que sejam capazes de se defender”.
Os Estados Unidos também examinarão o envio de forças para a região, onde possuem milhares de soldados. O objetivo: “garantir que estamos devidamente preparados”, disse ele.
O presidente dos EUA, Joe Biden, alertou na quarta-feira que o Irã “ameaça lançar um grande ataque contra Israel”.
Ele prometeu apoio “forte” ao seu principal aliado na região, embora seu relacionamento com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, tenha sido tenso recentemente devido à situação dos civis na guerra em Gaza entre Israel e o grupo palestino Hamas.
Ataque na Síria
No último dia 1º, Aviões militares de Israel atingiram o consulado do Irã em Damasco, na Síria, e mataram Mohammad Reza Zahedi, comandante sênior da Guarda Revolucionária do Irã, de acordo com a mídia estatal iraniana.
A Guarda Revolucionária do Irã anunciou que sete de seus membros, entre eles três comandantes, morreram no bombardeio israelense. Segundo a organização, além de Mohammad Reza Zahedi, os comandantes mortos incluem Mohammad Hadi Haji Rahimi, nº 2 de Zahedi, e outro comandante sênior. Os três fariam parte da Força Qods, o braço de operações exteriores do grupo.
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