Ministro de Israel diz que Irã pagará ‘na hora certa’ pelo ataque de sábado

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Israel disse que conseguiu barrar 99% dos drones e mísseis lançados contra seu território. Ofensiva de Teerã foi em resposta a um ataque contra a sua embaixada na Síria. Conselho da ONU se reunirá para discutir conflito Israel x Irã
O ministro de Israel Benny Gantz afirmou que o Irã pagará pelo ataque feito ao país na noite do último sábado (13) — madrugada de domingo (14), no horário de Brasília — na hora certa.
“Construiremos uma coalização regional e cobraremos o preço do Irã da maneira e no momento certo para nós”, afirmou Gantz em comunicado oficial, enquanto o Gabinete de Guerra de Israel se reúne para discutir a resposta do país ao ataque iraniano.
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Além do encontro do Gabinete de Guerra israelense, outras reuniões estão prevista para este domingo (14) para tratar do ataque do Irã contra Israel, que elevou a tensão na região do Oriente Médio.
No início da tarde, os líderes do G7, grupo dos sete países mais industrializados do mundo, farão uma reunião virtual para articular uma resposta “diplomática e unida” à situação.
Mais para o fim da tarde, será a vez do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), que convocou uma reunião de emergência a pedido de Israel para tratar do assunto. (Entenda mais abaixo.)
Os ministros de Relações Exteriores dos países que compõem a União Europeia também foram chamados pelo chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, para um encontro extraordinário neste domingo para discutir a escalada do conflito.
Ataque inédito
Israel foi alvo de um ataque inédito do Irã na noite de sábado — madrugada de domingo pelo horário local. Mais de 300 artefatos, incluindo drones e mísseis, foram lançados contra o país.
As Forças de Defesa de Israel afirmaram que conseguiram interceptar 99% dos artefatos lançados. Entretanto, a mídia iraniana disse que mísseis conseguiram furar a proteção israelense.
A agressão iraniana é uma resposta ao bombardeio de Israel à embaixada do país na Síria — entenda a cronologia do caso.
Poucas horas após o ataque, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu se reuniu com membros do governo do país e das Forças Armadas para discutir o ataque. Netanyahu também conversou por telefone com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.
Militares do Irã ameaçaram uma ofensiva ainda maior se Israel contra-atacar. O governo iraniano também disse que pode atingir bases dos Estados Unidos caso Washington apoie uma retaliação israelense.
Da retórica à chuva de mísseis e drones: entenda como foi o ataque do Irã contra Israel e as possíveis consequências
ONU e G7
O presidente norte-americano classificou o ataque do Irã contra Israel como “descarado” e afirmou que vai reunir os líderes do G7 para coordenar uma resposta “diplomática e unida”.
A Itália, que ocupa a presidência rotativa do Grupo dos Sete, agendou uma reunião virtual com os demais membros do grupo, que, além dos EUA e da Itália, inclui Canadá, França, Alemanha, Inglaterra e Japão.
A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, afirmou na rede social X (antigo Twitter) que o governo italiano “reitera sua condenação dos ataques iranianos contra Israel”.
A presidência italiana do G7 organizou uma conferência no início da tarde de hoje. Expressamos forte preocupação com uma maior desestabilização da região e continuamos a trabalhar para evitá-la.
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O Conselho de Segurança da ONU foi convocado para uma reunião de emergência pelo embaixador israelense nas Nações Unidas, Gilad Erdan.
“O ataque iraniano é uma séria ameaça à paz e segurança globais, e espero que o Conselho utilize todos os meios para tomar medidas concretas contra o Irã. […] Chegou o momento do Conselho de Segurança tomar ações concretas contra a ameaça iraniana”, disse Erdan em documento enviado à ONU.
O Conselho de Segurança da ONU anunciou que vai se reunir em caráter emergencial a partir das 17h neste domingo (horário de Brasília).
O que se sabe sobre o ataque do Irã
Netanyahu em 18 de fevereiro de 2024
REUTERS/Ronen Zvulun/File Photo
O Irã enviou dezenas drones para atacar o território de Israel no fim da tarde de sábado (13), pelo horário de Brasília.
Os drones demoraram horas até chegar ao alvo.
No caminho, uma parte dos drones e dos mísseis foi derrubada por aeronaves de Israel, dos Estados Unidos, do Reino Unido e da Jordânia.
Perto das 20h, as primeiras explosões e sirenes de aviso foram ouvidas em Israel.
O serviço nacional de emergência médica de Israel informou que uma menina de 10 anos ficou gravemente ferida, no deserto de Negev, por estilhaços de um artefato para interceptar drones.
O ataque é uma retaliação do Irã contra Israel: em 1º de abril, a embaixada iraniana na cidade de Damasco, na Síria, foi atingida, e sete pessoas morreram.
Às 19h, ainda antes de os artefatos chegarem a Israel, a missão do Irã na ONU afirmou que o ataque estava encerrado, referindo-se a ele com uma “ação legítima”.

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