O plano de bilionário americano para fazer viagens de submarino a destroços do Titanic

O anúncio foi feito quase um ano após a  trágica morte de cinco pessoas na implosão de um submarino a caminho do famoso naufrágio. Um bilionário do setor imobiliário de luxo dos EUA e um explorador de águas profundas estão planejando embarcar em um submersível para explorar os destroços do Titanic.
O anúncio foi feito quase um ano após a trágica morte de cinco pessoas na implosão de um submarino a caminho do famoso naufrágio.
O magnata aventureiro Larry Connor, de Ohio, nos EUA, e Patrick Lahey, cofundador da Triton Submarines, pretendem chegar a 3.800 metros de profundidade, onde está localizado o naufrágio do Titanic, no Oceano Atlântico Norte.
Ainda não há um cronograma planejado para a expedição.
Mas um porta-voz da companhia de Connor disse na terça-feira (28/5) que ela só aconteceria quando o submersível que eles pretendem usar fosse totalmente certificado por uma organização marítima.
A dupla planeja usar um submersível chamado Triton 4000/2 Abyssal Explorer — “4000” se refere à profundidade em metros à qual a embarcação é capaz de chegar com segurança.
O submarino Titan que implodiu no ano passado, construído pela empresa OceanGate, era feito de fibra de carbono e havia sido certificado apenas para 1.300 metros, muito aquém da profundidade em que estão localizados os restos do Titanic.
No acidente, ocorrido em junho de 2023, o CEO da OceanGate, Stockton Rush, de 61 anos, morreu a bordo do submersível, junto aos outros quatro passageiros: o empresário britânico-paquistanês Shahzada Dawood, de 48 anos, e seu filho Suleman, de 19; o empresário britânico Hamish Harding, de 58; e o francês Paul-Henry Nargeolet, de 77, ex-comandante da Marinha Francesa, altamente respeitado no campo da pesquisa subaquática.
Rush era conhecido por desafiar os limites quando se tratava de segurança — e havia ignorado vários alertas de consultores sobre possíveis problemas com o Titan. As investigações das autoridades dos EUA e do Canadá estão em andamento.
“Quero mostrar às pessoas no mundo todo que, embora o oceano seja extremamente poderoso, pode ser maravilhoso e prazeroso, e realmente transformador, se você fizer isso do jeito certo”, afirmou Connor ao Wall Street Journal, que noticiou em primeira mão os planos da expedição a bordo do Triton.
Após a tragédia do Titan, a indústria privada de submersíveis sofreu um duro golpe.
A OceanGate suspendeu as operações, e outras empresas registraram cancelamentos e quedas nas vendas.
A dupla espera que uma expedição bem-sucedida reacenda o interesse pelas viagens em submersíveis.
“Esta tragédia teve um efeito dissuasor no interesse das pessoas por estes veículos.”
Lahey é confundador da Triton Submarines, empresa aberta em 2008. Já Connor é chefe do The Connor Group, uma empresa de investimentos imobiliários com sede perto de Dayton, em Ohio.
Em 2021, os dois se aventuraram juntos em um submersível até a Depressão Challenger e a Depressão Sirena, na Fossa das Marianas.
Com 10.924 metros de profundidade, a Fossa das Marianas é o ponto mais profundo dos oceanos da Terra.
A Triton Submarines foi contatada para comentar.
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