‘O que o Irã queria era dar uma resposta telegrafada a Israel’, diz professor sobre ataque

Na análise de Vitelio Brustolin, se o Irã realmente quisesse alvejar o território israelense para causar danos, teria atacado de outra maneira. ‘O que o Irã queria era dar uma resposta ao público interno e aos vizinhos’, explica analista
O Irã lançou mais de 300 drones e mísseis para atacar Israel neste sábado (13), em resposta ao bombardeio israelense que atingiu a embaixada do país na Síria no início de abril.
Parte dos drones e dos mísseis foi derrubada por aeronaves de Israel, dos Estados Unidos, do Reino Unido e da Jordânia; mas alguns atingiram o território. Uma criança de 10 anos ficou ferida e, por volta das 19h, a missão do Irã na ONU afirmou que o ataque estava encerrado.
Para o professor Vitelio Brustolin, da Universidade de Harvard, o que o Irã queria com esse ataque “era dar uma resposta telegrafada para as ações de Israel” (veja o vídeo acima).
“O Irã telegrafou não apenas deixando claro que faria esse ataque, mas também usando primeiro drones, que levam 9 horas para passar por aqueles 1.750 km que dividem o Irã de Israel. Em seguida, mísseis de cruzeiro que levam 2 horas e, por fim, mísseis balísticos que levam 12 minutos”, explica.
“Se o Irã realmente quisesse alvejar o território israelense para causar danos, teria começado com mísseis balísticos, teria instalado drones em outros territórios, teria feito um outro ataque.”
Por isso, o analista afirma que o ataque foi uma resposta “primeiro ao público interno do Khamenei [líder supremo do Irã], que está com 84 anos, precisa fazer um sucessor e não poderia ficar desmoralizado pelo ataque de Israel e, segundo, aos seus vizinhos”.

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