Rússia acusa a Ucrânia de intensificar ataques para atrapalhar a eleição no país

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Neste sábado (16) aconteceu o segundo dos três dias de votação. Duas pessoas morreram depois que mísseis ucranianos atingiram a cidade russa de Belgorod, próximo à fronteira com a Ucrânia. Rússia acusa a Ucrânia de intensificar ataques para atrapalhar a eleição no país
Reprodução/TV Globo
A Rússia acusou a Ucrânia de intensificar ataques para atrapalhar a eleição no país. Neste sábado (16) aconteceu o segundo dos três dias de votação.
Mísseis ucranianos atingiram a cidade russa de Belgorod neste sábado — bem perto da fronteira com a Ucrânia. Duas pessoas morreram.
Por segurança, o governador mandou fechar escolas e shoppings. Um drone ucraniano também provocou estragos bem longe dali.
Bombeiros levaram horas para apagar um incêndio numa refinaria de petróleo russa a mais de 800 quilômetros do território mais próximo controlado pela Ucrânia.
A Rússia disse ter frustrado um outro ataque. Nos últimos dias, a Ucrânia atacou vários pontos de infra-estrutura de energia, o que pode afetar a produção russa.
Neste segundo dia da eleição presidencial, o ministério do Exterior da Rússia acusou a Ucrânia de intensificar o que chamou de “atividades terroristas” durante a votação para chamar a atenção do Ocidente e, assim, atrair mais ajuda econômica e militar.
As urnas abriram na sexta-feira (15) e vão fechar neste domingo (17). Críticos dizem que quanto mais dias de votação, maiores os riscos de fraude eleitoral. Pela primeira vez, os russos têm 3 dias para escolher o presidente.
Autoridades registraram mais de dez tentativas de atear fogo a locais de votação e cerca de 20 casos de urnas inutilizadas por um líquido verde. Aparentemente, uma referência a Alexei Navalny.
Em 2017, um agressor lançou um antisséptico verde no rosto do principal líder da oposição russa, morto no mês passado, numa prisão no Ártico, sob circunstâncias que talvez jamais sejam esclarecidas.
O ex-presidente Dmitry Medvedev, e atual vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, chamou os responsáveis por esses protestos de traidores, que podem pegar até 20 anos de prisão.
O futuro da Rússia está sendo resolvido, só que ninguém parece duvidar do resultado. Os principais críticos de Vladimir Putin estão mortos, presos ou exilados. Os opositores que ainda tentavam tirá-lo do cargo foram impedidos de concorrer.
O homem que está no poder, como presidente ou primeiro-ministro há 24 anos, ao que tudo indica, vai ficar com mais um mandato de seis.

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