Vice-presidente e ministro do Desenvolvimento defendeu também a importação do gás argentino vindo da reserva de Vaca Muerta. O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Geraldo Alckmin, disse nesta segunda-feira (22) que o governo precisa fazer um “pente fino” no preço do gás natural.
“Quando se tem uma equação muito difícil, não tem bala de prata. Não assim ‘olha, pá, resolvi’, não. É uma cesta de questões, nós temos que pegar o preço do gás e fazer um pente fino nele”, declarou.
Alckmin citou a importação do gás natural de Vaca Muerta, na Argentina, como uma das soluções para baratear o preço do gás natural — que onera a produção industrial intensiva de gás, como a indústria de aço, vidro e outras.
O ministro também defendeu a redução do nível de reinjeção de gás natural — quando o insumo é injetado novamente nos poços para aumentar a extração de petróleo.
“É óbvio que tem que reinjetar gás natural para tirar petróleo, mas não precisa reinjetar o que está reinjetando, tem um percentual que dá para tirar”, declarou em evento promovido pela pasta e pelo Movimento Brasil Competitivo (MBC).
No evento, o ministro recebeu um estudo elaborado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) sobre o mercado de gás natural no Brasil. O documento destaca a necessidade de avanço na regulação da abertura do mercado, com a padronização de contratos e acesso a infraestruturas essenciais.
Gás da Argentina
Na última quinta-feira (18), o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse que o governo estuda importar o gás natural produzido na região de Vaca Muerta, na Argentina. Haveria duas possíveis rotas de importação: pela Bolívia ou pelo Paraguai.
A rota do Paraguai, segundo Silveira, está em análise. Contudo, o ministro destacou que a ideia “pareceu algo extremamente viável, num primeiro momento”.
O g1 apurou que o governo estima a entrada de 3 milhões de metros cúbicos de gás por dia, com a importação da Argentina. O número é conservador por causa da notícia de interrupção das obras da segunda fase do gasoduto Néstor Kirchner.
O gás natural produzido em Vaca Muerta é um “gás de xisto”, um tipo de recurso não-convencional. Isso significa que o gás está “preso” em formações rochosas, que impossibilitam a sua fruição sem a utilização de técnicas que estimulem a produção –como a injeção de líquidos.
Essa técnica é utilizada nos Estados Unidos, levando o país ao patamar de maior produtor mundial de petróleo e gás natural. Contudo, também é questionada por ambientalistas por causa de possíveis danos ao meio ambiente, como poluição de lençóis freáticos, por exemplo.
Comitê de monitoramento
Silveira anunciou também que o governo vai criar um comitê de monitoramento de projetos de gás natural, com o objetivo de aumentar a oferta do insumo e reduzir o preço à indústria.
A ideia é que, ao acompanhar os projetos e destravar questões de regulamentação e licenciamento ambiental, o governo consiga criar as condições para o aumento da oferta aos consumidores.
O comitê será criado a partir de um grupo de trabalho existente, que já estuda as possibilidades de aumento de oferta do insumo, chamado de GT do Gás para Empregar. O relatório desse grupo deve ser entregue na próxima reunião do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE).
“Quando se tem uma equação muito difícil, não tem bala de prata. Não assim ‘olha, pá, resolvi’, não. É uma cesta de questões, nós temos que pegar o preço do gás e fazer um pente fino nele”, declarou.
Alckmin citou a importação do gás natural de Vaca Muerta, na Argentina, como uma das soluções para baratear o preço do gás natural — que onera a produção industrial intensiva de gás, como a indústria de aço, vidro e outras.
O ministro também defendeu a redução do nível de reinjeção de gás natural — quando o insumo é injetado novamente nos poços para aumentar a extração de petróleo.
“É óbvio que tem que reinjetar gás natural para tirar petróleo, mas não precisa reinjetar o que está reinjetando, tem um percentual que dá para tirar”, declarou em evento promovido pela pasta e pelo Movimento Brasil Competitivo (MBC).
No evento, o ministro recebeu um estudo elaborado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) sobre o mercado de gás natural no Brasil. O documento destaca a necessidade de avanço na regulação da abertura do mercado, com a padronização de contratos e acesso a infraestruturas essenciais.
Gás da Argentina
Na última quinta-feira (18), o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse que o governo estuda importar o gás natural produzido na região de Vaca Muerta, na Argentina. Haveria duas possíveis rotas de importação: pela Bolívia ou pelo Paraguai.
A rota do Paraguai, segundo Silveira, está em análise. Contudo, o ministro destacou que a ideia “pareceu algo extremamente viável, num primeiro momento”.
O g1 apurou que o governo estima a entrada de 3 milhões de metros cúbicos de gás por dia, com a importação da Argentina. O número é conservador por causa da notícia de interrupção das obras da segunda fase do gasoduto Néstor Kirchner.
O gás natural produzido em Vaca Muerta é um “gás de xisto”, um tipo de recurso não-convencional. Isso significa que o gás está “preso” em formações rochosas, que impossibilitam a sua fruição sem a utilização de técnicas que estimulem a produção –como a injeção de líquidos.
Essa técnica é utilizada nos Estados Unidos, levando o país ao patamar de maior produtor mundial de petróleo e gás natural. Contudo, também é questionada por ambientalistas por causa de possíveis danos ao meio ambiente, como poluição de lençóis freáticos, por exemplo.
Comitê de monitoramento
Silveira anunciou também que o governo vai criar um comitê de monitoramento de projetos de gás natural, com o objetivo de aumentar a oferta do insumo e reduzir o preço à indústria.
A ideia é que, ao acompanhar os projetos e destravar questões de regulamentação e licenciamento ambiental, o governo consiga criar as condições para o aumento da oferta aos consumidores.
O comitê será criado a partir de um grupo de trabalho existente, que já estuda as possibilidades de aumento de oferta do insumo, chamado de GT do Gás para Empregar. O relatório desse grupo deve ser entregue na próxima reunião do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE).
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