Após STF descriminalizar porte de maconha para uso pessoal, Lira cria comissão para debater texto contrário

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), anunciou nesta terça-feira (25) a criação de uma comissão especial para debater uma proposta contrária à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de descriminalizar o porte de maconha para uso pessoal.
A decisão do STF, formalizada nesta tarde, gerou uma enxurrada de reações e debates intensos entre os parlamentares.
Decisão do STF
A decisão do STF de descriminalizar o porte de maconha para uso pessoal foi um marco histórico que dividiu opiniões. O tribunal argumentou que a criminalização do porte para uso pessoal fere os direitos individuais e que a medida pode ajudar a reduzir a superlotação carcerária, além de abrir caminho para novas abordagens em políticas de saúde pública.
Reações Imediatas
A reação foi imediata e polarizadora. Altineu Cortes, líder do PL, foi um dos primeiros a se manifestar, classificando a decisão como uma “tragédia para a sociedade brasileira” e alertando sobre os possíveis impactos negativos na juventude e nas famílias. “A decisão do STF de liberar o porte da maconha para uso pessoal é uma tragédia para as famílias e os jovens do Brasil. Vai trocar a maconha aonde? Do traficante? Ou vai liberar pra colocar a maconha na farmácia e nos supermercados?” questionou Cortes.
Em resposta às críticas e ao debate acalorado, Arthur Lira anunciou a formação de uma comissão especial com o objetivo de elaborar um texto legislativo que possa reverter a decisão do STF. “Hoje é um dia muito triste para o Brasil, muito triste para a sociedade brasileira. Espero que o Congresso reverta, e dialogue com o STF e o coloque no seu devido lugar,” declarou Lira, ecoando as preocupações sobre a interferência do Judiciário nas atribuições legislativas do Congresso.
A comissão será composta por deputados de diversas correntes ideológicas, garantindo uma ampla representatividade nas discussões. A ideia é construir um consenso sobre a regulamentação do porte de maconha que reflita melhor a vontade popular, segundo Lira.
A criação da comissão é apenas o primeiro passo em um processo que promete ser complexo e controverso. A regulamentação do porte de maconha envolve questões de saúde pública, segurança, e direitos individuais, e encontrar um equilíbrio será um desafio considerável.

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