Avanço da direita na União Europeia é alerta para governo Lula consolidar aliança com o Centrão

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Lula se reúne com líderes no Palácio da Alvorada, em imagem de fevereiro de 2024
Ricardo Stuckert/Presidência da República
O avanço da extrema-direita no Parlamento Europeu é um alerta para o governo Lula consolidar sua união com o Centrão, para evitar que esses novos aliados migrem novamente para o lado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) – que celebrou o resultado das eleições na União Europeia.
Na avaliação de interlocutores do presidente Lula, a vitória da extrema-direita europeia mostra que há uma nova tendência de fortalecimento dela no mundo e que isso deve repercutir no Brasil, mas destacam que o Centro ainda é maioria no Parlamento Europeu.
Por isso, ressaltam a importância de o governo Lula garantir cada vez mais sua aliança com o Centrão, num momento em que líderes desse grupo político mandam sinais de insatisfação com o Palácio do Planalto.
O primeiro termômetro da relação de forças políticas no Brasil será a eleição municipal deste ano. A direita está prometendo ganhar mais prefeituras do que os aliados de Lula, o que, se acontecer, pode levar a um afastamento de líderes do Centrão do Palácio do Planalto. Afinal, esse grupo político se posiciona de acordo com a expectativa de poder.
Bolsonaro comemora resultado
O ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro em imagem de 2023
SILVIO AVILA / AFP
O ex-presidente Bolsonaro comemorou o resultado em postagem nas redes sociais. Ele celebrou a vitória da extrema-direita e disse que esse avanço vai chegar em breve a outros países, numa referência ao Brasil.
Só que esse avanço foi notado principalmente na França e Alemanha. Em outros países, não aconteceu.
Diplomatas no Brasil destacam que em Portugal e Espanha a extrema-direita não teve essa vitória. O mesmo acontecendo em países nórdicos.
Avanço da extrema direita na Europa: Macron dissolve Parlamento
Por isso, por enquanto, a cúpula do Parlamento Europeu ainda confia que o poder ficará com ela, representada pelo centro. Foi o que garantiu a atual presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, de que o Centro não irá permitir que a extrema-direita assuma o poder na Europa.
O resultado das eleições do Parlamento Europeu foi uma vitória da extrema direita na União Europeia e uma derrota especial para o presidente da França, Emmanuel Macron, e para o chanceler Alemão, Olaf Scholz.
Macron decidiu inclusive dissolver seu parlamento e convocar novas eleições. Isso porque Macron foi derrotado pelo partido de Marine Le Pen, política populista de extrema direita na França.
Na Alemanha, o partido do chanceler Olaf Scholz, ficou em terceiro lugar, atrás da extrema direita. A votação na União Europeia durou quatro dias e os primeiros resultados mostraram um avanço da extrema-direita no Continente Europeu.

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