Consciência vacinal: oito em cada dez brasileiros confiam em cientistas, diz pesquisa do Ministério Público

Uma nova pesquisa destacou a confiança dos brasileiros nos cientistas e profissionais de saúde, com oito em cada dez entrevistados afirmando confiar muito ou confiar nessas autoridades. Os dados coletados são parte de uma estratégia do Pacto Nacional pela Consciência Vacinal, iniciativa do Conselho Nacional do Ministério Público lançada em 2022.
Para obter um panorama mais preciso sobre a percepção pública acerca das vacinas, o estudo entrevistou 3 mil pessoas de todas as regiões do país, todas acima de 18 anos. A pesquisa também revelou que 72% dos participantes confiam nas vacinas, enquanto 90% consideram a vacinação importante ou muito importante para a saúde individual, familiar e comunitária.
A pesquisa, realizada pela Universidade Santo Amaro, também mostrou que mais da metade dos entrevistados (58%) acredita na eficácia das vacinas na prevenção de doenças. No entanto, 48% dos participantes ainda questionam a segurança dos imunizantes, expressando preocupações principalmente sobre possíveis reações e sequelas.
Luana Araújo, infectologista e epidemiologista, enfatizou a segurança das vacinas durante uma coletiva de imprensa: “As reações adversas às vacinas são raríssimas e, na verdade, sempre muito menores em frequência do que a doença que elas estão combatendo. Então, a relação risco-benefício da vacinação é sempre positiva.”
A especialista também destacou a necessidade de melhorar o acesso e a comunicação sobre a vacinação: “É importantíssimo entender que, apesar da hesitação vacinal, a confiança das pessoas na comunidade médica e científica ainda é muito alta. Temos oportunidades de melhorar esse processo para que as pessoas consigam finalmente obter a proteção que merecem.”
Os dados foram apresentados hoje, e os especialistas alertam para o impacto da desinformação nas taxas de vacinação, com 54% dos brasileiros apontando fake news e falta de esclarecimentos sobre as vacinas como causas para a queda nos índices de imunização. Alberto Chebabo, presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia, ressaltou a necessidade de ampliar as informações sobre doenças preveníveis por vacinação, observando melhorias nas taxas de imunização.

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