Consultados, ministros do STF dizem a deputados que eventual soltura de Brazão pode soar como retaliação à Corte

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Líderes querem evitar tomar uma decisão que possa ser lida como retaliação à Corte, conhecida como ‘efeito backlash’ no mundo jurídico. O deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ) em imagem de setembro de 2023
Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados
Parlamentares têm consultado ministros do STF sobre as condições de prisão de Chiquinho Brazão e demonstrado preocupação com as investigações que o levaram à cadeia. Esses líderes querem evitar tomar uma decisão que possa ser lida como revanche ou recado à Corte- como reverter a prisão.
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E foi exatamente isso que ouviram de ministros da Corte: preocupação de que a soltura de Chiquinho possa ser apenas uma reação, ‘efeito backlash’- como parte de um combo de retaliação ao STF e também à PF – que mira em investigações crimes cometidos por políticos.
Na PF, a avaliação é a de que soltar Brazão não mudará o curso das investigações e apenas trará desgastes para a classe política. Mas criticam, de forma reservada, a eventual decisão por se tratar de um ”crime de sangue”- e não de colarinho branco, de corrupção- geralmente casos que atraem mais corporativismo.
Citam, como exemplo, o caso recente da deputada Lucinha, conhecida como madrinha da milícia- que foi afastada do mandato pela Justiça- mas mantida no cargo por decisão da Alerj.
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