Críticas de Lula à Vale agradam PT; investidores ficam preocupados com possível interferência

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Lula discursa no Museu de Arte Moderna (MAM), no Rio, em fevereiro de 2023
Alexandre Brum/Enquadrar/Estadão Conteúdo
As novas críticas do presidente Lula à mineradora Vale agradaram mais uma vez os petistas. Recentemente, Lula afirmou que a empresa “não pode se sentir dona do Brasil” e precisa seguir a alinha de desenvolvimento do governo federal.
Por outro lado, as declarações reforçaram preocupações entre investidores sobre a possível interferência na gerência de uma empresa privada. O resultado foi uma queda do valor das ações da mineradora na Bolsa de 1,1%.
A postura de Lula em relação à Vale não é uma novidade. Recentemente, no entanto, ele havia recuado dos ataques e mandou o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmar que não faria qualquer ingerência na Vale.
A orientação ocorreu depois da investida fracassada do governo em emplacar o ex-ministro Guido Mantega como novo CEO da Vale no lugar de Eduardo Bartolomeo.
Agora, Lula volta ao tema com críticas, num momento de impasse na empresa sobre o seu comando. Dentro da Vale, a disputa do governo pelo comando da empresa gerou uma divisão no Conselho de Administração. Entre os treze membros, na última votação sobre o tema, houve um empate de seis a seis, com uma abstenção.
Metade defendeu a renovação do mandato do atual CEO, Eduardo Bartolomeo. E a outra metade defendeu a contratação de uma empresa de head hunter para escolher três candidatos para definir quem irá comandar a Vale, como preveem as regras de governança da mineradora.
Não foram só as declarações de Lula que tiveram impacto na Bolsa. O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, disse que a estatal do petróleo deve reduzir a distribuição de dividendos para aumentar os investimentos. A afirmação teve repercussão negativa e fez as ações caírem cerca de 5%.

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