Em delação, Ronnie diz que endereço de Marielle era lugar ‘difícil’ por causa de policiamento e por isso emboscada foi em outro local

Em delação, Ronnie diz que endereço de Marielle era lugar ‘difícil’ por causa de policiamento e por isso emboscada foi em outro local.
Vídeo da delação
Ronnie Lessa confessou sua participação no crime e apontou os mandantes, em vídeo de delação obtido com exclusividade pelo Fantástico há duas semanas. Preso desde 2019, Lessa descreveu a oferta recebida para cometer o crime como parte de uma parceria, não apenas como um assassinato por encomenda.
Durante o depoimento, Lessa identificou Domingos Brazão, ex-conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, e Chiquinho Brazão, deputado federal, como mandantes. Segundo Lessa, os Brazão ofereceram como pagamento um loteamento clandestino na Zona Oeste do Rio, avaliado em mais de 20 milhões de dólares.
Lessa também detalhou reuniões preparatórias, nas quais Marielle foi descrita como um obstáculo aos planos dos Brazão. A falta de registros das operadoras de celular antes de 2018 impediu a confirmação desses encontros pelas autoridades.
A defesa dos irmãos Brazão negou as acusações, chamando-as de tentativa de Lessa de obter vantagens judiciais. Além disso, Ronnie Lessa mencionou Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Delegacia de Homicídios do Rio, como parte do plano para proteger os mandantes do crime. Lessa afirmou que Barbosa foi instruído a desviar as investigações.
Barbosa foi promovido a chefe de polícia um dia antes do assassinato de Marielle e indicou Giniton Lajes para comandar a Delegacia de Homicídios. Segundo a Polícia Federal, a nomeação de Lajes foi parte de uma estratégia para interferir nas investigações.

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