Em vitória parcial do governo Lula, Vale decide manter Eduardo Bartolomeo até o final do ano

Em uma vitória parcial do governo Lula, o conselho de administração da Vale decidiu manter Eduardo Bartolomeo como CEO da mineradora apenas até o final do ano. A decisão foi tomada por maioria. Dos treze membros do conselho, apenas dois votaram contra, que defendiam a renovação do contrato com Bartolomeo e não apenas a prorrogação até o final de 2024.
O governo queria indicar já um substituto de Bartolomeo. Chegou a tentar emplacar o nome do ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega, mas a reação foi negativa e teve de recuar. Agora, a dúvida é se o governo ainda tentará emplacar um nome.
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Conselheiros que eram contra a saída de Bartolomeo defendem que o novo CEO seja escolhido com base nas regras da empresa. Com a contratação de uma empresa de head hunter, que escolheria três nomes capacitados para tocar a mineradora.
A principal reclamação do governo é que Eduardo Bartolomeo não tem boa interlocução com a equipe do presidente Lula. O fato é que o governo gostaria de influenciar nas decisões da mineradora. Lula deixou isso claro quando disse em recente entrevista que a Vale não pode se sentir dona do Brasil e deveria atuar de acordo com os planos de desenvolvimento do governo.
A decisão desta sexta do Conselho de Administração teve, segundo investidores, um “dedo do governo” e representa uma interferência do governo na mineradora, algo que é visto com preocupação pelos acionistas privados da Vale
O contrato de Eduardo Bartolomeo poderia ser prorrogado até dezembro de 2025, mas o conselho optou por mantê-lo só até o final do ano. O governo, oficialmente, nega qualquer interferência na mineradora.

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