Governistas podem votar contra taxação de comprinhas em sites chineses se oposição no Senado criticar Lula

Os senadores governistas podem votar contra a taxação de comprinhas de até US$ 50 em sites chineses se a oposição no Senado decidir politizar o tema e fazer críticas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), buscando colar na imagem do petista a decisão de encarecer as compras internacionais de pequeno valor.
A proposta deve ir à votação nesta terça-feira (3) no Senado junto com o projeto de lei que trata do Mover, programa que busca modernizar a indústria brasileira com a concessão de créditos tributários para estimular a descarbonização de produtos fabricados no país. A taxação foi incluída no projeto como um jabuti, isto é, tema que não tem relação com o assunto principal do projeto de lei.
“Na Câmara, o governo concordou com um acordo negociado entre os presidentes Lula e Arthur Lira [presidente da Câmara] para taxar em 20% as compras de até US$ 50 em sites internacionais, mas se a oposição no Senado transformar o tema numa disputa política e tentar colar na imagem do Lula o assunto os senadores governistas podem votar contra”, alerta o líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP).
Segundo ele, na Câmara o ex-presidente Bolsonaro orientou o PL a votar a favor da taxação depois de um pedido do empresário Luciano Hang, já que a medida é defendida pelo empresariado para se defender dos preços baixos de produtos chineses. “Agora, no Senado, a oposição ensaia ir contra o acordo na Câmara. Se isso acontecer, a gente pode derrotar essa taxação”, acrescentou o líder do governo no Congresso.
Caso a taxação seja recusada no Senado, o texto volta para a Câmara dos Deputados, onde a tendência é que a medida seja aprovada novamente. Como o PL começou a tramitar na Câmara, esta Casa tem a palavra final na votação.

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