Integrantes do governo querem ouvir presidente do União antes de Lula se reunir com ministro Juscelino Filho

União Brasil faz questão de manter Juscelino Filho no cargo. Ministro das Comunicações foi indiciado pela Polícia Federal em investigação sobre suposto desvio de recursos de emendas parlamentares. A aguardada conversa entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, do União Brasil, só deve ocorrer depois de uma reunião prévia entre integrantes do governo e o presidente do partido, Antonio Rueda.
Juscelino Filho foi indiciado na semana passada pela Polícia Federal em uma investigação sobre suposto desvio de recursos de emendas parlamentares. O ministro nega irregularidades.
Após sair o indiciamento, Lula disse que Juscelino tem direito a provar a inocência. E disse também que iria ter uma “conversa franca” com o ministro. Essa conversa ainda não ocorreu.
O União Brasil tem três ministros no governo. A gestão Lula abriu espaço para o partido na Esplanada esperando contra com votos favoráveis no Congresso. Em muitas votações importantes, o partido não tem sido favorável em peso ao Executivo. Mesmo assim, o governo mantém a estratégia de buscar atrair o partido.
O Palácio do Planalto articula com Rueda o destino de Juscelino no comando da pasta. Na reunião, prevista ainda para esta semana, o governo espera saber como está o apoio do partido à permanência do ministro na pasta.
O União Brasil faz questão de manter Juscelino Filho no cargo. De acordo com o líder da legenda no Senado, Efraim Filho, o ministro já apresentou os argumentos para sua defesa e possui a presunção da inocência.
“Mantemos o apoio. O ministro segue com a agenda de trabalho em torno de políticas públicas de conectividade importantes para o Brasil”, disse o líder.
Lula diz que espera conversa franca com ministro Juscelino Filho
A investigação
O suposto esquema de desvio de emendas parlamentares teria ocorrido quando Juscelino ainda era deputado federal, entre 2017 e 2020. A verba teria ido para a cidade de Vitorino Freire, no interior do Maranhão, onde a irmã dele, Luanna Rezende, é prefeita, e onde o pai já foi prefeito duas vezes.
Segundo revelou o jornal “O Globo”, o dinheiro teria sido enviado por meio da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) para a pavimentação de ruas. A empresa pública se tornou o foco de parlamentares para a indicação de verbas do orçamento secreto.
Ainda segundo o jornal, um relatório da Controladoria-Geral da União (CGU) apontou que 80% da estrada que foi custeada com a emenda beneficiou propriedades de Juscelino e de seus familiares na região.

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