Investigadores levantaram indícios de que parentes de presos neste domingo poderiam deixar o país

Investigadores levantaram indícios de que parentes dos alvos estavam se movimentando para deixar o país. A decisão de antecipar a operação de prisão dos mandantes da morte de Marielle foi tomada em reunião na noite de quinta para sexta feira (22), em Brasília.
Envolveu a cúpula da PGR, da PF e auxiliares do STF, ligados ao gabinete d ministro Alexandre de Moraes, relator do caso.
Os participantes avaliaram que não poderiam esperar mais depois que o Ministro da Justiça, Ricardo Lewandowisk, anunciou a homologação da delação do Ronnie Lessa. E porque também muitos detalhes da delação do matador Ronnie Lessa começaram a ser divulgados, assim como detalhes também dos bastidores da investigação.
A operação final conjunta começou a ser desenhada no fim de tarde da sexta feira (22). Os mandados de prisão e busca foram expedidos na noite de sexta com determinação expressa do STF e da direção geral da PF para manter o sigilo completo do teor da investigação. O inquérito especial sobre os mandantes do assassinato d Marielle foi aberto faz um ano.
Os principais alvos foram monitorados de perto por equipes de inteligência da PF. Investigadores levantaram indícios de que parentes dos alvos estavam se movimentando para deixar o país.
Ficou estabelecido entre as partes envolvidas na apuração final que a PGR vai tentar terminar a denúncia contra os alvos nos próximos dias, antes da Páscoa. E que o sigilo dos autos só seria eventualmente levantado depois do oferecimento da denúncia.
A PGR já trabalha com o relatório final da investigação da PF. Os mandantes, irmãos Brazão, e demais envolvidos, como Rivaldo Barbosa, ex-chefe da polícia civil do Rio, são apontados no relatório final da investigação por vários crimes, como organização criminosa, homicidio e obstrução da justiça.
Na investigação da PF, foram levantados indícios de que policiais civis do Rio recebiam dinheiro, pedágio, de pessoas ligadas aos irmãos Brazão para não identificar autores nem mandantes do assassinato de Marielle.
Na delação de Ronnie Lessa, o ex PM -autor dos disparos- confirma que ouviu isso poucas semanas depois de matar Marielle e Anderson. Para que ficasse tranquilo pois o inquérito da polícia civil “não ia dar em nada”.

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