Liberação de deputados para voto à distância durante festa de São João não pegou bem aos olhos da opinião pública

Ainda há uma crítica recorrente de que o deputado não trabalha, que precisa estar dentro da Câmara para estar trabalhando. Presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) liberou todos os deputados para votarem à distância durante a próxima semana. Liberação de deputados para voto à distância durante São João não pegou bem
A liberação de todos os deputados para votar à distância durante a semana de São João pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), não pegou bem aos olhos da opinião pública.
Inicialmente, ele tinha liberado somente os deputados do Nordeste para votar à distância. Houve reclamação interna e ele mudou a decisão, ampliando o benefício a todos os deputados.
Depois da pandemia, com mais pessoas realizando o trabalho remoto, percebeu-se que não ir ao local de trabalho não significa que não se possa trabalhar, mesmo de casa. Mas para o político, para o homem público, é diferente. Ainda há uma crítica recorrente de que o deputado não trabalha, que precisa estar dentro da Câmara para estar trabalhando.
Há uma série de eventos regionais no Brasil ao longo do ano, como Carnaval, Parintins no Amazonas, Festa da Uva no Rio Grande do Sul. São oportunidades para os políticos pedirem voto. É natural.
Eles estão na Câmara de terça a quinta e poderiam ir no São João de sexta-feira à segunda-feira, mas querem colocar a culpa no santo para folgar três dias.
Segundo o blog da Camila Bomfim, a Secretaria-Geral da Mesa mandou a seguinte mensagem aos deputados:
“Bom dia! Na próxima semana, todos os deputados poderão votar pelo Infoleg independentemente de registro prévio no Plenário. Obrigado e bom final de semana”
Fontes disseram que , após o Senado liberar todos os senadores, Lira disse que não havia espaço para manter o voto à distância somente para a bancada do Nordeste. E ampliou a todos.
No início da tarde desta sexta (21), a Câmara publicou um ato para oficializar a dispensa de presença física dos deputados na Casa no período de cinco dias.
“Excepcionalmente, no período de 24 a 28 de junho de 2024, não será exigido o registro biométrico de que trata o caput deste artigo”, diz a ata da Mesa Diretora da Câmara.

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