Lula diz estar ‘feliz’ com eleição marcada na Venezuela: ‘Disseram que vão convidar olheiros do mundo inteiro’

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta quarta-feira (6) ter ficado “feliz” com o agendamento das eleições presidenciais na Venezuela, para o dia 28 de julho, em meio a contestações sobre a lisura do processo eleitoral.
As declarações foram dadas pelo presidente a jornalistas no Palácio do Planalto, pouco antes da cerimônia para receber o presidente da Espanha, Pedro Sánchez, que está em visita oficial ao Brasil.
Segundo o presidente, ficou acertado que haverá monitoramento internacional das eleições. “O que eles me disseram na reunião que eu tive na Celac [Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos], é que vão convidar olheiros do mundo inteiro”, afirmou.
No entanto, questionado sobre a lisura da votação, Lula disse que se a oposição no país se comportar de forma similar à brasileira, “nada vale”.
“Se o candidato da oposição tiver o mesmo comportamento do nosso aqui, sabe, nada vale”, afirmou.
Eleições na Venezuela
A data escolhida para as eleições na Venezuela coincide com o aniversário de Hugo Chávez, ex-presidente do país que ficou no poder entre 1999 e 2013, quando morreu. Tradicionalmente, as eleições no país acontecem em dezembro.
O atual presidente venezuelano, Nicolás Maduro, herdeiro político de Chávez que está no poder desde 2013, deve concorrer à reeleição.
O Conselho Nacional Eleitoral (CNE), órgão controlado pelo governo, foi responsável por escolher a data da votação.
Em outubro do ano passado, o governo da Venezuela e a oposição chegaram a um acerto sobre as eleições e assinaram um documento chamado Acordo de Barbados, que estabelece diretrizes de como as eleições devem acontecer.
No entanto, em janeiro, meses depois da assinatura do Acordo de Barbados, o Supremo Tribunal de Justiça, alinhado ao governo de Maduro, inabilitou Maria Corina Machado, atualmente a principal política de oposição do país.
No início de fevereiro, foi a vez de a ativista Rocío San Miguel ser presa, considerada terrorista e traidora da pátria pelo governo Maduro.

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