PEC das igrejas: acordo ainda depende de reunião entre equipe econômica e dirigentes de igrejas

O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) achou que já havia fechado um acordo com a bancada evangélica sobre a PEC das Igrejas, que vai aumentar a imunidade tributária delas, em gesto para agradar um setor no qual a desaprovação do petista está em alta.
Mas houve um entrave de última hora. Os dirigentes das igrejas também querem participar das negociações e apontam problemas no texto fechado por alguns parlamentares da bancada evangélica com o Ministério da Fazenda.
Assim, a votação, que prevista para a próxima semana, deve ficar para depois da Páscoa.
Os dirigentes evangélicos avaliam que o texto está limitando demais o que pode ser isento. Dizem que não é sobre aumentar o valor da isenção, mas sobre a forma a proposta texto está sendo montada para garantir a medida.
Nesta semana, os ministros das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e da Advocacia Geral da União (AGU), Jorge Messias, se reuniram com a bancada evangélica na Câmara dos Deputados, quando foram ouvidas as reclamações e pedidos dos parlamentares.
Nesta reunião, o governo foi avisado que o Ministério da Fazenda precisa receber também os dirigentes das igrejas.
Avaliação nas pesquisas
Depois das pesquisas que apontaram queda de aprovação, presidente Lula faz reunião ministerial e cobra mais empenho na divulgação das ações do governo
A equipe de Lula está em um trabalho de aproximação dos evangélicos. O primeiro passo é a aprovação da PEC das Igrejas.
Lula ainda resiste a visitar templos, como fazia o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), mas não descarta receber a bancada evangélica e os líderes de igrejas. Neste segmento, Lula tem registrado os piores números na sua avaliação, o que acendeu o sinal de alerta no Palácio do Planalto.
Para reverter a queda nas pesquisas, o petista já fez reunião ministerial para cobrar de ministros pressa na execução de projetos.
Também começou a se reunir com produtores rurais, como o encontro desta quinta-feira (21) com fruticultores, e vai passar a ouvir mais o marqueteiro Sidônio Palmeira, que cuidou de sua campanha, e o especialista em pesquisas, Marcos Coimbra.
Os dois conversaram longamente com o presidente nesta semana. O marqueteiro, pessoalmente. O sociólogo, por telefone.

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