Reduzir número de agentes na busca por fugitivos de Mossoró fez parte da estratégia de recaptura

3 min read
Expectativa dos investigadores era a de que fugitivos relaxassem, mudassem de lugar e facilitassem a prisão. Dupla foi presa na quinta (4) em Marabá, no Pará, após 50 dias de buscas. Fugitivos de Mossoró são recapturados
Divulgação/PF
A desmobilização das tropas ostensivas em Mossoró (RN) fez parte da estratégia para recapturar Rogério Mendonça, de 35 anos, e Deibson Nascimento, 33 anos, os primeiros a fugir de um presídio federal no Brasil. Os dois foram presos na quinta-feira (4) em Marabá, no Pará, após 50 dias de buscas. Eles estavam a 1,6 mil quilômetros do local da fuga.
Para os investigadores, a expectativa era a de que, ao anunciar a diminuição do efetivo, os fugitivos relaxassem, tentassem se deslocar e, com isso, facilitassem a recaptura.
A Força Nacional encerrou a participação nas buscas no dia 29 de março.
O trabalho de inteligência já havia identificado que eles tinham um celular, mas que era ligado só de vez em quando e por pouco tempo, o que dificultava a localização por meio das antenas telefônicas. Também já haviam identificado o apoio de facções criminosas.
Na prisão, a polícia aprendeu com a dupla e os quatro criminosos que os estavam escoltando oito celulares. O grupo estava em três carros. Além dos aparelhos, foi apreendido um fuzil com dois carregadores, dinheiro em espécie e um cartão de crédito.
Celulares, dinheiro e arma encontrado com fugitivos de Mossoró no Pará
Reprodução/PRF
A adoção desse procedimento não foi consensual, em um primeiro momento, pelo risco do desgaste de passar a mensagem de fracasso das buscas. No entanto, os custos da manutenção das tropas na região contribuíram para a escolha desse caminho.
LEIA TAMBÉM:
Recapturados no Pará: dinheiro, celulares e fuzil são encontrados em carros que transportavam fugitivos de Mossoró
Quem são os 2 foragidos de presídio de Mossoró que foram recapturados
Veja como foram os 50 dias de buscas
Fugitivos de presídio federal viajaram de barco por seis dias do Ceará ao Pará
A partir desse momento, a Polícia Federal (PF) e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) passaram a focar em ações de inteligência.
O deslocamento permitiu que os investigadores rastreassem as antenas de celular.
De acordo com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, um “verdadeiro comboio do crime” estava se deslocando para sair do país. O local para onde eles seguiam para tentar cruzar a fronteira não foi revelado.
Após 50 dias, PF e PRF recapturam no Pará foragidos da penitenciária federal de Mossoró

You May Also Like

More From Author

+ There are no comments

Add yours