Ana Oliveira, mãe de Isabella Nardoni, lamenta que Alexandre Nardoni está prestes a ser solto: ‘Me sinto ofendida’

Menina de 5 anos foi assassinada pelo pai e a madrasta em 2008. Ele pode cumprir o resto da pena em regime aberto após trabalhar e ler um livro na prisão Mãe de Isabella Nardoni fala sobre possibilidade de Alexandre Nardoni cumprir regime aberto
Há 16 anos, Isabella Nardoni, de 5 anos, foi jogada da janela de um apartamento pelo pai Alexandre Nardoni e pela madrasta Anna Carolina Jatobá. Eles foram condenados pelo assassinato da menina em março de 2010, mas estavam presos desde 2008. O pai foi condenado a mais de 30 anos de cadeia e a madrasta a 26 anos de prisão. Entretanto, Alexandre pode ir para o regime aberto após cumprir 16 anos da pena.
No Encontro desta terça-feira (12), Patrícia Poeta recebeu a mãe de Isabella, Ana Carolina Oliveira, no programa para falar sobre o novo capítulo do caso, em que Alexandre pode ser solto a partir de 6 de abril, após reduzir a pena ao trabalhar na prisão e por ter lido um livro.
“Me sinto ofendida como mãe e até em memória da minha filha. A gente sabe que vai acontecer, mas não espera que isso aconteça. Sabendo tudo o que aconteceu, vivendo esse luto, me sinto bem triste por tudo isso. Graças a Deus a justiça foi feita na época, mas é bem pouco tempo pelo tamanho do crime que aconteceu e sabendo que minha filha não vai voltar, não tem essa oportunidade, ela não vai viver”, disse Ana.
A mãe de Isabella também contou como é o luto depois de 16 anos da morte da filha. Ana Carolina se casou de novo e teve dois filhos, Miguel e Maria Fernanda.
“A saudade é o que fica e é o que guardo para mim. Procurei transformar essa saudade em uma lembrança boa porque essa dor adoece. Como tive oportunidade de ter meus outros filhos, procuro ter lembranças dela. Agradeço po. A cicatriz ela vai se fechando, fica uma lembrança, óbvio que penso como seria minha vida com ela, com os irmãos, ela completaria 22 anos. O que faríamos juntas, o que seria de bom para nós, guardo esse tipo de lembrança e não como ela morreu, sem lamentações porque acho que isso adoece”
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Na época em que aconteceu o caso, Patrícia Poeta foi a primeira jornalista a entrevistar Ana Carolina Oliveira.
“Em 27 anos de profissão, foi uma entrevista que me marcou muito. Até você se sentir segura, a gente conversava para poder daquela entrevista. E de um lado, o país queria muito ver você, esperando essa mãe falar, e de outro tinha você que queria contar, se abrir com as pessoas. Fui para essa entrevista sabendo dessa responsabilidade e, ao mesmo tempo, era uma intermediária, Ana, acho que segurei esse chora a entrevista inteira, quando cheguei na minha casa, desabei a chorar”, contou a apresentadora emocionada.
“Foi algo muito respeitoso, você simplesmente me ouviu e pude falar o que estava sentindo. Tenho maior carinho e respeito pelo cuidado que você teve comigo”, relatou Ana.
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