Confira também a trajetória da protagonista de ‘Família É Tudo’, que celebra mais de 60 anos de carreira Arlete Salles
Ellen Soares/gshow
Um dos pontos altos de Família é Tudo é a interpretação de Arlete Salles como as gêmeas Frida e Catarina. A atriz pernambucana é um patrimônio da teledramaturgia brasileira e um exemplo para as novas gerações de atores, além de ser uma inspiração para as mulheres.
Somando mais de 40 novelas no currículo e uma carreira que ultrapassa 60 anos, Arlete coleciona prêmios e elogios. Aos 85 anos, não foge de trabalho e os fãs agradecem.
Nas redes sociais, não faltam elogios à protagonista da novela das 7, que, pela primeira vez, interpreta dois personagens.
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E neste momento de sua vida, Arlete Salles só tem a agradecer.
“Ser celebrada pelo público jovem é incrível, me agrada muito. Em geral, o espaço para os jovens na dramaturgia é maior, até porque os conflitos existenciais, a procura da felicidade e do amor acontecem na juventude. E isso é material para os autores”, pondera Arlete, que cita a troca positiva com a turma mais nova da novela:
“Estou muito feliz no meio deles, é uma troca de carinho, admiração, acolhimento, um convívio muito agradável.”
Arlete Salle é cercada pelo turma jovem de Família é Tudo: ‘Eu me sinto acolhida’
Globo/Manoella Mello
Frida fica impactada com a proposta de Catarina
Bisavó na vida real
Arlete Salles e os netos Pedro e Joana. Atriz será bisavó em 2024
TV Globo
Experiência conta em qualquer profissão, não sendo diferente na dramaturgia. A atriz fala com propriedade da importância do conhecimento e do entendimento do ofício, porém, sabe que os papéis rareiam com o passar dos anos, mas que isso não seja o fim.
“Vai sempre existir o papel de uma vovó, e, hoje em dia, com o streaming, houve um aumento no espaço profissional. Eu acho que vivemos tempos melhores”, diz ela, que, pelo termômetro das redes sociais, já virou a vovó do Brasil.
E como Arlete, que já viveu a mocinha, a mãe e, na vida real, está prestes a ganhar o status de bisavó, vê a passagem do tempo?
“É a minha vida passando. Eu fico contente com esta pessoa nova que vai chegar a minha família, me tornando bisa, mas, quanto à idade, isso me confronta com a finitude. Não vou dizer que isso me traga sentimentos calmantes, é resignação.”
Como tudo começou
Paulo Gonçalves, Amilton Fernandes e Arlete Salles em Sangue e Areia
Acervo/TV Globo
O encontro de Arlete com a arte foi ainda na adolescência como locutora de radionovelas. Aos 22 anos estreou nos teleteatros da TV Tupi, realizando o sonho da menina que sempre quis ser atriz.
A chegada à Globo foi em 1967, na novela Sangue e Areia, de Janete Clair, e, logo de cara, um desafio: interpretar uma mulher bem mais velha do que era, o que a obrigou a usar uma pesada maquiagem e, claro, mostrar todo o seu talento. O resultado agradou e Arlete passou a ser figurinha carimbada nos folhetins da emissora, tornando-se nacionalmente conhecida, principalmente, por seus papéis cômicos e extravagantes.
Personagem do coração
Arlete Salles como Carmosina, em Tieta
TV Globo
A atriz já trabalhou com muitos autores, mas vem de Aguinaldo Silva a personagem que tem lugar de honra em seu baú de memórias televisivas: Carmosina, de Tieta (1989).
“Era uma solteirona virgem, mas inquieta, ainda estava esperando encontrar o amor. Essa Carmosina existia muito dentro de mim, conheci várias delas no Recife. Eu considero esse o meu melhor trabalho em televisão”, contou ela ao site Memória Globo.
A parceria bem-sucedida entre Arlete e Aguinaldo continuou em Pedra sobre Pedra (1992), Fera Ferida (1993), Porto dos Milagres (2001) e Fina Estampa (2011).
“Eu tenho muita identificação com os textos dele. Um dia desses, ele declarou numa revista que gosta de escrever para mim. Fiquei superfeliz e lisonjeada com isso.”
Parceria com Falabella
Arlete Salles interpretou a irreverente Copélia em Toma Lá Dá Cá
CEDOC/TV Globo
Outro autor com quem Arlete tem muita identificação é Miguel Falabella, que de colega de trabalho virou amigo. Foi pelas mãos de Falabella que a atriz fez um de seus mais lembrados trabalhos no teatro, a peça “A Partilha”. Na TV, a dobradinha aconteceu em Salsa & Merengue (1996), com a primeira protagonista da atriz, Anabel Muñoz; A Lua me Disse (2005); e o humorístico Toma Lá, Dá Cá (2007 a 2009), em que deu vida à irreverente e fogosa Copélia. Quem aí se lembra do bordão “Prefiro não comentar”?
Arlete Salles como Copélia, de Toma Lá, Dá Cá
Energia de sobra
Regina Casé e Arlete Salles nos bastidores das gravações de Dona Lurdes: O Filme
Reprodução/Instagram
Arlete Salles ainda tem muita história pra contar. Além de Família É Tudo, está no elenco do longa-metragem “Dona Lurdes: O Filme”, inspirado na personagem de Regina Casé em Amor de Mãe.
“Venho pra este novo trabalho com muita energia. Tô muito feliz, amo a vida. E, olhando para trás, digo à jovem Arlete que tinha um sonho: ‘Foi bom sonhar, querida, e alguns dos sonhos estão realizados”.”
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Ellen Soares/gshow
Um dos pontos altos de Família é Tudo é a interpretação de Arlete Salles como as gêmeas Frida e Catarina. A atriz pernambucana é um patrimônio da teledramaturgia brasileira e um exemplo para as novas gerações de atores, além de ser uma inspiração para as mulheres.
Somando mais de 40 novelas no currículo e uma carreira que ultrapassa 60 anos, Arlete coleciona prêmios e elogios. Aos 85 anos, não foge de trabalho e os fãs agradecem.
Nas redes sociais, não faltam elogios à protagonista da novela das 7, que, pela primeira vez, interpreta dois personagens.
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E neste momento de sua vida, Arlete Salles só tem a agradecer.
“Ser celebrada pelo público jovem é incrível, me agrada muito. Em geral, o espaço para os jovens na dramaturgia é maior, até porque os conflitos existenciais, a procura da felicidade e do amor acontecem na juventude. E isso é material para os autores”, pondera Arlete, que cita a troca positiva com a turma mais nova da novela:
“Estou muito feliz no meio deles, é uma troca de carinho, admiração, acolhimento, um convívio muito agradável.”
Arlete Salle é cercada pelo turma jovem de Família é Tudo: ‘Eu me sinto acolhida’
Globo/Manoella Mello
Frida fica impactada com a proposta de Catarina
Bisavó na vida real
Arlete Salles e os netos Pedro e Joana. Atriz será bisavó em 2024
TV Globo
Experiência conta em qualquer profissão, não sendo diferente na dramaturgia. A atriz fala com propriedade da importância do conhecimento e do entendimento do ofício, porém, sabe que os papéis rareiam com o passar dos anos, mas que isso não seja o fim.
“Vai sempre existir o papel de uma vovó, e, hoje em dia, com o streaming, houve um aumento no espaço profissional. Eu acho que vivemos tempos melhores”, diz ela, que, pelo termômetro das redes sociais, já virou a vovó do Brasil.
E como Arlete, que já viveu a mocinha, a mãe e, na vida real, está prestes a ganhar o status de bisavó, vê a passagem do tempo?
“É a minha vida passando. Eu fico contente com esta pessoa nova que vai chegar a minha família, me tornando bisa, mas, quanto à idade, isso me confronta com a finitude. Não vou dizer que isso me traga sentimentos calmantes, é resignação.”
Como tudo começou
Paulo Gonçalves, Amilton Fernandes e Arlete Salles em Sangue e Areia
Acervo/TV Globo
O encontro de Arlete com a arte foi ainda na adolescência como locutora de radionovelas. Aos 22 anos estreou nos teleteatros da TV Tupi, realizando o sonho da menina que sempre quis ser atriz.
A chegada à Globo foi em 1967, na novela Sangue e Areia, de Janete Clair, e, logo de cara, um desafio: interpretar uma mulher bem mais velha do que era, o que a obrigou a usar uma pesada maquiagem e, claro, mostrar todo o seu talento. O resultado agradou e Arlete passou a ser figurinha carimbada nos folhetins da emissora, tornando-se nacionalmente conhecida, principalmente, por seus papéis cômicos e extravagantes.
Personagem do coração
Arlete Salles como Carmosina, em Tieta
TV Globo
A atriz já trabalhou com muitos autores, mas vem de Aguinaldo Silva a personagem que tem lugar de honra em seu baú de memórias televisivas: Carmosina, de Tieta (1989).
“Era uma solteirona virgem, mas inquieta, ainda estava esperando encontrar o amor. Essa Carmosina existia muito dentro de mim, conheci várias delas no Recife. Eu considero esse o meu melhor trabalho em televisão”, contou ela ao site Memória Globo.
A parceria bem-sucedida entre Arlete e Aguinaldo continuou em Pedra sobre Pedra (1992), Fera Ferida (1993), Porto dos Milagres (2001) e Fina Estampa (2011).
“Eu tenho muita identificação com os textos dele. Um dia desses, ele declarou numa revista que gosta de escrever para mim. Fiquei superfeliz e lisonjeada com isso.”
Parceria com Falabella
Arlete Salles interpretou a irreverente Copélia em Toma Lá Dá Cá
CEDOC/TV Globo
Outro autor com quem Arlete tem muita identificação é Miguel Falabella, que de colega de trabalho virou amigo. Foi pelas mãos de Falabella que a atriz fez um de seus mais lembrados trabalhos no teatro, a peça “A Partilha”. Na TV, a dobradinha aconteceu em Salsa & Merengue (1996), com a primeira protagonista da atriz, Anabel Muñoz; A Lua me Disse (2005); e o humorístico Toma Lá, Dá Cá (2007 a 2009), em que deu vida à irreverente e fogosa Copélia. Quem aí se lembra do bordão “Prefiro não comentar”?
Arlete Salles como Copélia, de Toma Lá, Dá Cá
Energia de sobra
Regina Casé e Arlete Salles nos bastidores das gravações de Dona Lurdes: O Filme
Reprodução/Instagram
Arlete Salles ainda tem muita história pra contar. Além de Família É Tudo, está no elenco do longa-metragem “Dona Lurdes: O Filme”, inspirado na personagem de Regina Casé em Amor de Mãe.
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