Edvana Carvalho comenta Renascer: ‘Jamais faria a Inácia se ela não fosse uma mulher com vida e história própria’

No podcast Papo de Novela, atriz conta sobre sucesso da personagem e conta: ‘Foi baseada nas mulheres da minha vida’ Inácia questiona Mariana sobre João Pedro
Inácia é o tipo de papel que deixa a própria marca em qualquer cena que esteja, e sua intérprete, a atriz Edvana Carvalho, sabe disso. Com Renascer, a baiana, de 56 anos, que também é escritora e educadora, vive seu primeiro papel de destaque na televisão, com a personagem que conquistou público e crítica.
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Em entrevista ao podcast Papo de Novela, a atriz refletiu sobre a importância de Inácia, que se tornou um ponto de equilíbrio na trama, e ainda articulando temas tabus entre o grande público, como as religiões de matriz africana.
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“Ai, parece que estou sonhando! Fico muito feliz porque eu, como artista, quando faço um trabalho, quero me comunicar com as pessoas de coração para coração. E quando sinto que essa comunicação está existindo, é porque o trabalho está sendo feito. E não vem só para receber aplausos, mas também para trazer uma reflexão sobre o assunto que você está levando através da boca daquela personagem, para se divertir, para ser feliz naquele momento, para comover… E toda essa sensação de emoções e sentimentos que o público está sentindo em relação a Inácia me faz pensar que o trabalho de artista está sendo feito.”

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“E como ela traz essa representação linda das religiões de matriz africana, a gente sabe que é um momento presente muito necessário de não só alguém falar por nós, mas a gente poder falar da gente e mostrar como são as coisas. E recebo mensagens de pessoas dizendo assim: ‘Sou evangélica, mas a forma como você traz as religiões de matriz africana me faz querer aprender mais sobre porque nunca me foi ensinado desse jeito.’ Então, isso que é legal. Tudo que envolve a herança africana, ou é marginalizado ou demonizado. Ou quando chega nas populações indígenas é folclorizado. Então, através desse trabalho e de outros tantos, a gente vem tentando desconstruir essa história contada por outros e contar a própria história. Para que o povo brasileiro, que é misto e diverso, possa conhecer a verdadeira história.”
Uma releitura
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“O Bruno (Luperi, autor do remake) já trazia essa vontade de mudança, ele é um ser humano jovem, antenado com seu tempo, e são 30 anos depois. Então, coisas que não puderam ser aprofundadas ali, ele está aprofundando agora. […] Uma coisa é você estar numa profissão de doméstica, outra é ser domesticada, sem vida própria, como se fosse um presente da fazenda. Hoje, eu jamais faria a Inácia se ela não fosse uma mulher que tivesse vida própria e uma história própria.”
Inspiração
“Várias, e você também, e as pessoas na rua encontram e me dizem: ‘Você parece minha tia, minha avó, minha mãe. Foi baseada nas mulheres da minha vida.”
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