Fins trágicos ou não: relembre os desfechos dos vilões de Gilberto Braga

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Autor revelou sua predileção pelos antagonistas: ‘Eu gosto muito do herói, mas talvez escreva melhor os vilões’ Com uma carreira repleta de sucessos, obras que povoam a imaginação do público até hoje, Gilberto Braga é reconhecido pelas sua histórias e também por seus vilões.
Em declaração ao site Memória Globo, o autor, morto em 2021, reconheceu a arte de fazer antagonistas de respeito: “Eu gosto muito do herói, mas talvez escreva melhor os vilões.”
Ao longo de seu trabalho como dramaturgo, os malvadões de Gilberto Braga foram se perpetuando, ganhando vida além das obras e fazendo com que os espectadores, de muitas gerações, amassem odiá-los. Muitos deles tiveram desfechos à altura das maldades provocadas, outros saíram impunes.
Taís (Alessandra Negrini) e Olavo (Wagner Moura) são os vilões de Paraíso Tropical
TV Globo/William Andrade
Atualmente, vemos Taís (Alessandra Negrini) e Olavo (Wagner Moura), os representantes das vilanias de Paraíso Tropical. A novela, já na reta final da reprise no Vale a Pena Ver de Novo, começou a punir os antagonistas. Taís morreu intoxicada com gás, numa emboscada de Olavo, que acaba morrendo após levar um tiro do irmão Ivan (Bruno Gagliasso).
Taís é encontrada morta
Rubens de Falco e Lucélia Santos em cena, em A Escrava Isaura
Reprodução/Memória Globo
E você aí se lembra qual foi o primeiro vilão com V maiúsculo de Gilberto Braga? Foi Leôncio, papel de Rubens de Falco em Escrava Isaura (1976). O senhor de escravos, que maltratou a escrava branca o quanto pode, acabou tirando a própria vida ao se ver arruinado.
Assista à novela Escrava Isaura no Globoplay
Escrava Isaura: Morte de Leôncio e libertação de Isaura
Joana Fomm, a vilã Yolanda Pratini, de Dancin’ Days
Foto: Reprodução/Memória Globo
Em Dancin’ Days (1978), a antagonista era Yolanda Pratini (Joana Fomm), irmã de Julia Matos (Sônia Braga). Milionária, Yolanda se valia de sua posição social e econômica para criar a sobrinha Marisa (Gloria Pires), filha de Julia, uma ex-presidiária, que tentava se recolocar na vida. Apesar do esforço de Yolanda para separar Marisa de Julia, mãe e filha se reaproximaram, e o amor reconciliou também as irmãs, que fizeram as pazes, após se estapearem.
Veja Dancin’ Days no Globoplay
Dancin’ Days: Briga entre Júlia e Yolanda
Beatriz Segall e Fábio Jr. em Água Viva
Acervo/TV Globo
Em 1980, a vilã número 1 do Brasil era Lourdes Mesquita, personagem de Beatriz Segall em Água Viva. Ricaça, desprovida de qualquer empatia, Lourdes não mediu esforços para separar o filho Marcos (Fábio Jr.) de Janete (Lucélia Santos), moça de origem humilde. E como os humilhados têm o seu dia de exaltados, Janete não se fez de rogada e se vingou da malvadona.
Beatriz Segall como Odete Roitman
Bazilio Calazans
E como Beatriz Segall é professora na arte de interpretar vilãs, em 1988, como Odete Roitman, ela parou o país. Em Vale Tudo, a bilionária Odete acabou morta, por um tiro dado por Leila (Cassia Kis), que achou que se tratava da amante de Marco Aurélio (Reginaldo Faria).
Vale Tudo: O assassinato de Odete Roitman
Outro vilão da trama, Marco Aurélio saiu impune, fugindo do Brasil com milhões de dólares, na cena icônica em que ele dá uma banana ao Brasil.
Vale Tudo: Marco Aurélio dá banana para o Brasil
Felipe Barreto (Antonio Fagunes) em O Dono do Mundo
Globo
Na década de 1990, o principal vilão do legado de Gilberto Braga foi Felipe Barreto (Antonio Fagundes), de O Dono do Mundo (1991). O renomado cirurgião plástico fez uma aposta com um amigo, prometendo transar com a noiva virgem de um de seus funcionários no dia do casamento. A aposta foi cumprida, ele não deu a mínima por ter destruído a relação do casal, aprontou todas se valendo de sua arrogância e poder, e acabou bem na fita: casou-se com uma jovem virgem, herdeira de uma fortuna.
Laura (Claudia Abreu), a vilã de Celebridade
Acervo/Globo
Em Celebridade (2004), a “cachorra” Laura (Claudia Abreu) levou o título de vilã mór. Depois de todo mal causado a Maria Clara Diniz (Malu Mader), do plano de vingança, do assassinato de Lineu (Hugo Carvana), a malvadona morreu baleada por Renato Mendes (Fabio Assunção), abraçada ao corpo de Marcos (Márcio Garcia).
Celebridade: Final de Laura, Marcos e Renato
Gabriel Braga Nunes e Gilberto Braga na festa de lançamento de Insensato Coração
TV Globo
Léo (Gabriel Braga Nunes) era o nome do catiço de Insensato Coração (2011). Bon vivant, mau caráter, alpinista social, ele só tinha um objetivo na vida: se dar bem a qualquer custo. Depois de ter aprontado com praticamente todos os personagens da novela, a conta chegou para Léo, que morreu na prisão, jogado do alto de um muro pelos presidiários.
Insensato Coração: Léo é assassinado na prisão
Adriana Esteves e Glorias Pires interpretaram as vilãs de Babilônia
Fábio Rocha/Gshow
Última novela de Gilberto Braga, Babilônia (2015) trouxe duas vilões de responsa: Beatriz (Gloria Pires) e Inês (Adriana Esteves), ambas com o mesmo ímpeto de conseguir o que queriam, fossem os meios éticos ou não. Ora aliadas, ora rivais, elas acabaram presas, odiando uma a outra, e, numa tentativa de fuga da cadeia, morreram juntas.
Saiba mais sobre Gilberto Braga e sua obra no site Memória Globo.
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