Durante participação no Conversa com Bial, advogada falou também sobre amizade com Anitta e puerpério vivido após parto de Ava: ‘Precisei de ajuda de medicação’ Gabriela Prioli relembra morte do pai em grave acidente de carro
Gabriela Prioli ficou conhecida nacionalmente ao falar de temas complexos de forma simples. Mas, a advogada que integra o time de apresentadoras do Saia Justa se derrete mesmo quando o assunto é a filha, Ava, de um ano e cinco meses, fruto do casamento com o DJ Thiago Mansur, do duo Jetlag.
Gabriela Prioli participa do Conversa com Bial
Reprodução
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“A Ava é melhor do que eu poderia imaginar. Foi muito difícil, para mim, no começo, tive um puerpério bem complicado, que mexeu muito comigo emocionalmente. Foi a primeira vez que precisei de ajuda de medicação”, disse ela, durante participação no Conversa com Bial desta quinta-feira (23).
Gabriela Prioli fala sobre como a maternidade mudou suas perspectivas
Comecei a me sentir constantemente culpada, insuficiente e isso prejudicou minha capacidade de desfrutar a minha maternidade. Tenho endereçado muito mais esse assunto, talvez criando mais consciências sobre esses processos, fazer com que menos mulheres sofram o que eu sofri. Agora está delicioso, me encontrei e apropriei da minha maneira de maternar. Ela está maravilhosa”.
Relação familiar
A advogada falou também sobre a relação com a própria mãe, Marta Prioli, salientando que a fonoaudióloga é “apaixonada por Ava”. Para ela, a mãe não pôde desfrutar a maternidade já que se viu viúva muito jovem, com duas crianças pequenas após o pai de Gabriela, o contador Francisco Della Vedova, morrer em um grave acidente de carro.
Thiago Mansur e Gabriela Prioli comemoram Natal com Ava
Iude
“Tenho memórias que acho que minha consciência editou para evitar um pouco a dor. O carro que estávamos virou na contramão da rodovia e minha mãe teve que nos tirar de dentro dele. A minha lembrança é muito silenciosa e ela nos pegando”, contou, acrescentando que soube depois que o momento foi bastante barulhento, até mesmo pela natureza da tragédia.
Comovida, Gabriela enalteceu a sagacidade de Marta, que foi orientada por um parente médico a banhar os filhos para, dessa forma, perceber se as crianças estavam machucadas. “Banheira era uma coisa que não existia na nossa realidade e na casa da minha tia tinha. Para tirar nossa roupa sem nos assustar ainda mais ela falou: ‘Vamos tomar um banho de banheira?’.”
Francisco morreu instantaneamente e coube à Marta dar a notícia aos filhos, que tinham quatro e seis anos à época. “Acho que nunca vou esquecer. Ela falou que estava muito difícil cuidar do papai aqui e os médicos o transferiram para o hospital do céu”, relembrou Gabriela, bastante emocionada.
Lembro de pensar: ‘Meu pai morreu’ e automaticamente falar: ‘Não, é o nome do hospital’. E o meu irmão perguntou: ‘Ele morreu, mãe?’, ela disse que sim e aí abriu um buraco em meu coração que existe até hoje. Não consigo falar dele sem chorar.”
Amizade poderosa
Gabriela Prioli comenta sua amizade com Anitta
Gabriela também não poupou elogios quando o assunto foi a relação com Anitta, madrinha de Ava. “Meu marido é DJ, eles faziam show juntos, fomos nos encontrando. Ela ama viajar até que em determinado momento viajamos juntas e a partir daí não desgrudamos mais. Nós somos muito parecidas, decididas, firmes, nos gostamos demais”.
Gabriela Prioli e Anitta
Reprodução/Instagram/Lucas Seixas
A advogada, que também se dedica ao doutorado, enalteceu ainda a coragem da cantora carioca em se propor a aprender temas que não domina e falar sobre isso abertamente. “Ela foi muito atacada. As pessoas têm coragem de criticar alguém que expõe publicamente sua vulnerabiliadade e sua ignorância, que é um traço comum a todas as existências”.
Somos todos ignorantes. Não existe uma pessoa que não seja. É muito nobre ser do tamanho que ela é e, em vez de comunicar uma imagem de perfeição, de alguém que não erra, que sabe tudo, para fazer todo o resto do mundo se sentir mal, falar: ‘Deixa eu falar o que não sei’. Falta isso para discutirmos assuntos importantes.”
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Francisco morreu instantaneamente e coube à Marta dar a notícia aos filhos, que tinham quatro e seis anos à época. “Acho que nunca vou esquecer. Ela falou que estava muito difícil cuidar do papai aqui e os médicos o transferiram para o hospital do céu”, relembrou Gabriela, bastante emocionada.
Lembro de pensar: ‘Meu pai morreu’ e automaticamente falar: ‘Não, é o nome do hospital’. E o meu irmão perguntou: ‘Ele morreu, mãe?’, ela disse que sim e aí abriu um buraco em meu coração que existe até hoje. Não consigo falar dele sem chorar.”
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Gabriela Prioli e Anitta
Reprodução/Instagram/Lucas Seixas
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Somos todos ignorantes. Não existe uma pessoa que não seja. É muito nobre ser do tamanho que ela é e, em vez de comunicar uma imagem de perfeição, de alguém que não erra, que sabe tudo, para fazer todo o resto do mundo se sentir mal, falar: ‘Deixa eu falar o que não sei’. Falta isso para discutirmos assuntos importantes.”
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