Jonathan Azevedo conta que ‘abriu exceção’ para viver bandido em O Jogo Que Mudou a História: ‘Gilsinho me abraçou’

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Em papo com o gshow, ator explica que não tinha a intenção de fazer outro papel desse tipo no atual momento da carreira, mas foi cativado pelas histórias do personagem, que é inspirado em um bandido real Jonathan Azevedo fala sobre seu personagem em ‘O Jogo que Mudou a História’
Em O Jogo que Mudou a História, nova série Original Globoplay produzida pela AfroReggae, o público acompanha o nascimento das facções do narcotráfico no Rio de Janeiro e as figuras que têm ligação direta com esse movimento. Os personagens ganharam outros nomes, mas são inspirados em traficantes da vida real, como é o caso de Gilsinho, vivido por Jonathan Azevedo.
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Jonathan Azevedo na pré-estreia de O Jogo Que Mudou a História
ROBERTO FILHO/BRAZIL NEWS
Ao gshow, Jonathan confessa que não tinha a intenção de interpretar outro bandido no atual momento da carreira. No entanto, as histórias do personagem o cativaram:
“Foi um convite muito especial porque o José Junior é um ícone, referência pra gente. Quando ele me ligou para oferecer o papel, conversei com meu pai e minha mãe, que me contaram muitas histórias do bandido que inspirou o personagem. Aí falei: ‘Nossa senhora, estou dentro!’. Estava pensando se ia fazer outro bandido, mas, para o Gilsinho, abri uma exceção.”
Jonathan Azevedo é Gilsinho em O Jogo que Mudou a História
Globo/César Diógenes
Na trama, Gilsinho é o chefe do Morro da Promessa, favela fictícia inspirada no Morro do Juramento, comunidade do Rio de Janeiro. O traficante é considerado um “herói” pelos moradores locais, já que protege a comunidade e atende aos diversos pedidos de ajuda.
“Eu só não tenho a parte do crime. De resto, eu sou muito parecido com o Gilsinho. Gosto muito de estar com a minha família, gosto muito de ajudar a minha comunidade, trabalho muito em prol disso, mais do que em prol do sucesso. Então foi nesse lugar que a história do Gilsinho me abraçou”, destaca Jonathan, criado na comunidade do Vidigal, no Rio.
Gilsinho (Jonathan Azevedo) e Pereira de Souza (Pretinho da Serrinha), em O Jogo Que Mudou a História
César Diógenes
Laboratório da vida real
Para encarnar o personagem, o ator procurou entender este universo e frequentou lugares onde o traficante real que o inspirou costumava ir.
“Tive que fazer alguns laboratórios na vida real. Isso, é claro, com todo o amparo do José Junior e da equipe. Eles me levaram aos lugares em que esse bandido circulava bastante”, explica.
“Eu tive uma preparação com uma pessoa mágica e maravilhosa chamada Fátima Domingues, minha primeira professora de teatro no Nós no Morro”, completa ele.
Jonathan Azevedo é Gilsinho em ‘O Jogo que Mudou a História’
Globo/César Diógenes
Desafios do trabalho
No entanto, o envolvimento profundo com Gilsinho também virou assunto durante sua terapia. Jonathan admite que ficou tão mexido com o papel que teve dificuldades de sair do personagem:
“Eu tento focar toda a minha energia em coisas boas e, quando eu fui interpretá-lo, tive que abrir espaço para as coisas ruins também. Então, isso mexeu muito com a minha pessoa. Foi muito difícil para mim sair desse personagem. Tive que fazer muita terapia, meditação.”
Além disso, ele revela que enfrentou alguns obstáculos físicos durante as gravações. “E se eu te contar que fiz isso tudo de muletas? Tinha acabado de sair de uma cirurgia de joelho, mas consegui me esforçar, com bastante fisioterapia, e fiz essa correria toda com a perna recém-operada”, explica.
Mas abalou a empolgação de Jonathan com o projeto: “Foi um prazer! O melhor ainda é que tinha pessoas que me inspiravam antes de eu ser ator, como o Babu Santana e o Bukassa Kabengele. Eles já eram referência, eu pensava ‘um dia será que eu vou conseguir estar perto desses caras?’, e estava lá contracenando com eles. E também os atores que estão chegando, como o pessoal do Projeto Segunda Chance. Eles me ensinavam muito mais do que eu tinha pra ensinar a eles”, diz.
“Acho que o conjunto de tudo isso, dessa galera que já tem a carreira consolidada com a que está chegando agora, essa química que faz o negócio ficar bom, natural e espontâneo, para que cada um se sinta dentro dessa série.”
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