Kate Winslet opina sobre papel do coordenador de intimidade: ‘Teria sido bom ter um em todas as cenas de sexo que filmei’

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Eterna Rose de ‘Titanic’, atriz conversou com o ‘The New York Times’ e comentou também sobre a pressão estética exercida pela mídia, o que a fez lutar contra um distúrbio alimentar Kate Winslet opinou sobre a presença de coordenadores de intimidades em cenas
Reuters/IMDB
Kate Winslet participou de uma longa entrevista com um ensaio de fotos para o jornal americano “The New York Times”, publicada nesta quarta-feira (6). A matéria vem repercutindo na mídia, principalmente devido a dois temas abordados: a importância do papel do coordenador de intimidade em sets de gravações e a pressão estética que sofreu na juventude após fazer “Titanic”, o que a levou a lutar contra um distúrbio alimentar.
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No primeiro tema, a atriz comenta que ter um profissional durante as gravações de mais cenas mais “quentes” é importante e que sentiu falta de um no início da carreira. Para quem não sabe, o coordenador de intimidade, que pode ter outros nomes na indústria audiovisual, prepara os atores em cena para os deixá-los mais confortáveis enquanto gravam, sem deixar perder a qualidade e a realidade quando o público for consumir o produtor.
“Teria sido bom ter um coordenador de intimidade em todas as cenas de sexo que filmei, quando tive que ficar nua… mesmo quando tinha que beijar alguém. Teria sido incrível ter alguém ao meu lado, sentir que eu não precisava lidar com tudo sozinha”, reflete.
Kate Winslet em cena de ‘O Regime’
YouTube
Em “O Regime”, nova série em que ela é a protagonista, há cenas sensuais da britânica. Ao “Daily Mail”, ela conta que dois profissionais foram expulsos de uma gravação em ela está transando com seu affair. “Um deles era Alwin Kuchler, nosso diretor de fotografia, e um dos profissionais de cabelo e maquiagem”.
Quem assistiu “Titanic”, lembra que Kate chegou a ficar a nua na famosa cena em que Jack (Leonardo DiCaprio) a pinta em um quadro. Hoje, aos 48 anos, ela reflete sobre algumas situações que passou quando era mais jovem.
“São coisas que parecem pequenas, como dizer ao diretor: ‘Não gosto desse ângulo de câmera. Não quero ficar aqui nua enquanto você me filma de frente. Não quero tanta gente assim no set enquanto estou nua. Quero que o meu camarim seja mais perto do set’. Quando você é jovem, tem medo de irritar as pessoas ao pedir essas coisas, de parecer rude ou patética por precisar delas. Foi muito, muito difícil aprender a levantar minha voz e pedir pelo que precisava”, disse.
Kate Winslet e Leonardo DiCaprio em ‘Titanic’
IMDB
Ela comenta que agora entende como pequenas crueldades e que está “aliviada” por seus colegas de trabalho mais jovens não terem mais que suportar da mesma maneira tudo o que ela passou.
“Eu já estava enfrentando muitos julgamentos, perseguições, todo esse bullying. As pessoas podem me chamar de gorda. Eles podem me chamar do que quiserem. Mas certamente não podem dizer que reclamei e me comportei mal”, rebate.
Distúrbio alimentar
Com sua carreira catapultada com o sucesso de “Titanic” em 1997, Winslet viu seu nome virar manchete no mundo todo. Porém, o que era para ser algo bom, se tornou um pesadelo na vida da então jovem atriz.
A objetificação do seu corpo após o longa de James Cameron virou pauta e por isso, a cada mudança que seu corpo sofria, os tabloides britânicos acompanhavam de perto, quase como uma “questão de segurança nacional”, como escreve o jornalista do “The New York Times”. 26 anos depois, ela admite que lutou contra um distúrbio alimentar por um momento de sua vida.
“Nunca contei a ninguém sobre isso. Porque adivinha se as pessoas ao seu redor me dizem: ‘Ei, você está ótima! Você perdeu peso! Portanto, mesmo o elogio sobre a boa aparência está ligado ao peso. E isso é algo que não deixarei as pessoas falarem. Se o fizerem, eu os puxo imediatamente”.
Kate Winslet
Reprodução/Instagram
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