Lúcia Veríssimo se recupera de incêndio em fazenda e conta que não vai registrar crime

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Segundo atriz, fogo na mata durou quase 20 horas e o principal prejuízo foi em pasto de cavalos: ‘Acontece habitualmente’ Lúcia Veríssimo relata incêndio em sua fazenda
A atriz Lúcia Veríssimo se recupera do susto causado pelo incêndio ocorrido em sua fazenda, localizada no munícipio de Chiador, em Minas Gerais, no último sábado. O fogo começou depois que invasores jogaram uma guimba de cigarro na mata seca durante a fuga da propriedade. Em conversa com o gshow, a artista conta que, mesmo com o estrago, não vai abrir boletim de ocorrência junto à polícia.
“Isso acontece habitualmente. As pessoas não têm respeito”, diz ela, ainda com dor na laringe e nos pulmões por conta da fumaça ingerida. “Não (fiz o B.O.), não adianta. Ainda estou viva, tenho que estar feliz por estar viva. Aqui, a situação é grave”.
Segundo Lúcia, a invasão aconteceu durante a madrugada e, no amanhecer, o fogo já estava em estado alarmante. Com a ajuda de um funcionário, eles tentaram inicialmente controlar as chamas, mas, mediante a gravidade, acionaram os bombeiros.
Lúcia Veríssimo relata incêndio em sua fazenda e agradece socorro dos bombeiros
Reprodução/Instagram
Só que em Chiador não há Corpo de Bombeiros. Então eles tiveram que acionar os militares do quartel mais próximo, em Juiz de Fora, localizado a 80 km de distância.
“Estávamos tentando fazer um aceiro, [uma técnica] para delimitar o espaço e o fogo não passar [e alcançar a área da vegetação]. Mas, com o vento e a seca, tudo foi desfavorável”, relata Lúcia, cuja residência fica localizada no meio da floresta.
“Começou a alastrar muito seriamente às 8h30, por conta de um vento. Os bombeiros chegaram 16h15. Primeiro comecei a chamar todos os vizinhos, para ver se eles ajudavam, e eu estava no meio do fogo, sem celular. Mas estávamos conseguindo segurar, porque estava indo para um lado em que não afetava muita coisa. Mas, de repente, virou. Aí, tive que chamar o bombeiro, por volta de 12h e pouco, 13h. Eles saíram daqui era 2h.”
Lúcia Veríssimo relata incêndio em sua fazenda e agradece socorro dos bombeiros
Reprodução/Instagram
De acordo com a artista, sua fazenda possui quatro alqueires e meio de floresta virgem, de Mata Atlântica, o que corresponde, aproximadamente, a 217.8 mil m² de terra em Minas Gerais. “Então, se alastra não tem como segurar, porque é tudo madeira. Ficou queimado só uma beirada da floresta, mas, perto do que podia a ser, é nada”, diz ela, aliviada.
‘Verdadeiros heróis’
Na entrevista, a atriz faz questão de elogiar o trabalho do Corpo de Bombeiros de Juiz de Fora, que trabalhou por quase dez horas no controle do incêndio. Segundo ela, o cenário era assustador por conta da área.
“Eles podiam ter jogado a toalha, porque a situação era muito feia. É uma floresta virgem, com árvores de 25 a 30 metros. Quando pega fogo, são labaredas, do tamanho delas. Eles foram verdadeiros heróis. Depois, entraram na fazenda do vizinho para ver por trás se estava tudo seguro”, relembra.
Lúcia Veríssimo relata incêndio em sua fazenda e agradece socorro dos bombeiros
Reprodução/Instagram
“E eles não podiam chegar com o carro, tinham que descer a pé um morro imenso e ainda carregar equipamento, pois o caminhão pipa não chega lá. A floresta cobre uma montanha e eles andaram mais de um quilometro. Um soprador ajudou. Eles usaram uma técnica incrível para controlar. Os bombeiros militares são incansáveis”, relata.
Criação de cavalos
Com foco principal na criação de cavalos, Lúcia contou que o prejuízo mais alarmante em sua fazenda aconteceu nos piquetes, espaços reservados à área de pastagem. “Tive um prejuízo de cinco alqueires, mas não eram da minha reserva florestal. São de territórios que venho replantando”.
Lúcia Veríssimo relata incêndio em sua fazenda e agradece socorro dos bombeiros
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Em sua propriedade, Lúcia usa somente um tipo específico de capim, o coast-cross. Ela conta que esse pasto é muito caro e difícil de manter no Brasil. “Só pode ser semeado entre setembro e novembro, para florescer no próximo ano. Os meus já estavam sólidos, porque eram de muitos anos. E foi totalmente queimado”, explica.
“É o principal alimento do cavalo. Agora, começa a seca e não tem verde. E o único que fica verde na seca é o coast-cross. Vou ter que mantê-los na ração muito mais do que o normal, o que é um gasto muito maior, e não é ideal que o cavalo coma só ração. O verde é a base da alimentação, a ração é apenas um complemento. Então, estou desde ontem pensando como vou resolver”.
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