Com figurinos que vão do body de cone aos corsets, a cantora quebrou paradigmas e se tornou símbolo de empoderamento feminino Após muita espera, Madonna está entre nós com a sua “The Celebration Tour”! Estima-se que cerca de 1,5 milhão de pessoas vão assistir ao show gratuito em Copacabana, segundo dados da Prefeitura do Rio de Janeiro. Mas seu poder de atrair multidões começou décadas atrás: são 40 anos inspirando pessoas ao redor do mundo, quebrando paradigmas, abordando questões antes tratadas como tabus para as mulheres e ela fez (e faz) tudo isso com looks tão poderosos quanto suas letras.
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Madonna no Rio: veja 10 looks da cantora que inspiraram a moda
Gie Knaeps/Getty Images
Durante sua trajetória, Madonna encabeçou tendências ousadas, se tornou inspiração de estilo para muitas gerações e musa de renomados estilistas. Com a ajuda da stylist e jornalista de moda Mariana Gallo, o gshow lista aqui os 10 looks da cantora que inspiraram o universo da moda!
Madonna através dos tempos
A especialista defende que a cantora sempre soube aliar sua personalidade com suas músicas e figurinos emblemáticos e, ainda, passar uma mensagem importante ao público. Ao analisar os looks da rainha do pop, ela analisa seu poder de se “reinventar a cada fase da vida pessoal e da carreira”, mas que apesar de tão diferentes possuem um fator em comum:
Você percebe exatamente, pela maneira como ela se comporta, que aquela roupa tem o toque dela, da personalidade, como artista e como pessoa, ou seja, apesar do look grandioso, a roupa não seria tão interessante se não fosse ela usando. Madonna é a pessoa que melhor sabe usar a roupa como complemento de sua personalidade: ela dá vida ao look, e não ao contrário.”
A era ‘Like a Virgin’
Em 1984, ao lançar um dos primeiros e mais lendários singles de sua carreira, Madonna posava com looks que dialogavam com a mensagem da música. Neste período, a stylist destaca os vestidos noiva, saias de tule combinadas com leggings, acessórios pesados cheios de crucifixos e os corselets estilo lingerie:
“Os vestidos de noiva, saias de tule compostas com calças leggie, crucifixos, corselet. Inspirados pelo punk e pela quebra de padrões, [estes looks] fizeram dela ícone do sucesso na década de 80. A ideia da imagem subversiva no início da carreira desafia a igreja, fala de liberdade sexual e da autonomia da mulher.”
Madonna durante a “Virgin Tour’, em 1985
Ross Marino/Icon and Image/Getty Images
Para quem não sabe, Madonna vem de família cristã, já abordou o assunto em várias músicas, como fez em “Like a Prayer”, e quando criança considerou se tornar freira. E, para Gallo, ela também explora estes temas com genialidade e para “provocar alvoroço” com letras, que são consideradas por muitos, controversas.
“’Like a Virgin’ é um hino para as mulheres de 1980 que começavam a engatinhar para ter a sua liberdade. E ao longo dos anos ela foi uma camaleoa, sabendo usar e ousar em looks, mas nunca sem perder sua essência, sempre alinhada aos seus álbuns”, opina.
Madonna no VMA de 1984 no clipe de “Like a Prayer”
Sonia Moskowitz/Getty Images/Reprodução/YouTube
O famoso body de cone
Em 1990, Madonna rondou o mundo com a “Blonde Ambition Tour” e foi nesta época que ela exibiu um de seus figurinos que mais seria copiado e reproduzido pelas décadas seguintes: o body com formato de cone foi uma das primeiras parcerias com o estilista Jean Paul Gaultier, que criaria outras dezenas de peças exclusivas para a cantora.
“O tal look é provocativo, coloca a roupa íntima como ponto central do figurino e, aliado à coreografia, torna tudo bem sexual.”
Madonna na turnê de “Blonde Ambition”, em 1990
Gie Knaeps/Getty Images
Voguing
Ainda nesta década, Gallo aponta a importância de suas músicas que abordaram pautas como liberdade sexual, “provocando os mais tradicionalistas ao se comunicar com a comunidade LGBTQIA+ e ao falar sobre AIDS”. Para isso, ela usa a moda, novamente, como sua aliada:
“O top transparente usado no clipe ‘Vogue’, foi a primeira vez que a cantora mostrou de vez os seios para o mundo e causou como só ela sabe fazer.”
Madonna no clipe de “Vogue”, em 1990
Reprodução/YouTube
Anos 2000
Anos antes de Pharrell Williams lançar sua visão de cowboy core na Louis Vuitton, ou mesmo antes de Beyoncé explorar este universo, lá estava Madonna abordando a estética. No clipe de “Don’t Tell Me”, a cantora aparece vestido camisa, calça boca de sino, cintos com fivelas enormes, botas western e chapéu de cowboy: a coreografia temática foi a cereja do bolo!
Para Gallo, a artista usa a moda para fazer “rupturas lineares entre um álbum e outro como, por exemplo, dos anos 90 para os 2000, “quando ela sai de uma pegada completamente sensual e entra com um visual mais andrógino, em looks que brincam com o feminino e masculino. E essa história vai se construindo, sempre se comunicando entre a vida pessoal e profissional dela.”
Madonna no clipe de “Don’t Tell Me”
Reprodução/YouTube
‘Me Against the Music’
Com o nascimento dos filhos Lourdes Maria e Rocco, Gallo observa uma mudança no foco de suas letras e performances: “Ela deixa um pouco a sexualidade de lado em suas performances, para brincar um mais com a androgenia de seus looks”. Prova disso são os ternos usados no clipe de “Me Against the Music”, parceria com Britney Spears, seguido pela apresentação da dupla com Christina Aguilera no VMA de 2003.
Madonna no VMA de 2003 e no clipe de “Me Against the Music”
Dave Hogan/Getty Images/Reprodução/YouTube
Ela apostou em um look monocromático preto, considerado mais ‘andrógino’, composto por peças utilitárias e transparência. […] O que eu acho mais interessante é que, mesmo com tantas transformações, você sempre consegue ver a personalidade da Madonna em tudo o que ela veste.”
Disco vibes
Para o clipe de “Hung Up”, lançado em 2005, Madonna trabalha, mais uma vez, seu modo camaleoa! Gallo destaca a mudança radical no visual, desde o cabelo aos músculos que exibe no vídeo, além dos looks ultracoloridos que remetem aos anos 80: “Ela traz uma paleta completamente colorida, repleta de brilhos, collant e meia-calça, tudo isso embalado por músicas feitas para dançar a noite toda.”
Madonna na capa e clipe de “Hung Up”, de 2005
Divulgação/Reprodução/YouTube
Autorreferência
Nos anos que seguiram, Madonna não serviu de inspiração apenas para vários artistas no mundo inteiro, como também para ela mesma. Gallo observa que ela “bebe da própria fonte para se reinventar e trazer algo novo”, inclusive ao fazer aparições em grandes eventos como o Met Gala.
“Sendo ousada e audaciosa, a cantora volta e meia aparece com looks que trazem algo de sua trajetória, como peças transparentes, calças largas – referências ao hip-hop, algo que sempre esteve em suas influências –, corset, acessórios pesados e, é claro, muito salto alto.”
Madonna no Met Gala de 2013
Stephen Lovekin/FilmMagic
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Madonna no Rio: veja 10 looks da cantora que inspiraram a moda
Gie Knaeps/Getty Images
Durante sua trajetória, Madonna encabeçou tendências ousadas, se tornou inspiração de estilo para muitas gerações e musa de renomados estilistas. Com a ajuda da stylist e jornalista de moda Mariana Gallo, o gshow lista aqui os 10 looks da cantora que inspiraram o universo da moda!
Madonna através dos tempos
A especialista defende que a cantora sempre soube aliar sua personalidade com suas músicas e figurinos emblemáticos e, ainda, passar uma mensagem importante ao público. Ao analisar os looks da rainha do pop, ela analisa seu poder de se “reinventar a cada fase da vida pessoal e da carreira”, mas que apesar de tão diferentes possuem um fator em comum:
Você percebe exatamente, pela maneira como ela se comporta, que aquela roupa tem o toque dela, da personalidade, como artista e como pessoa, ou seja, apesar do look grandioso, a roupa não seria tão interessante se não fosse ela usando. Madonna é a pessoa que melhor sabe usar a roupa como complemento de sua personalidade: ela dá vida ao look, e não ao contrário.”
A era ‘Like a Virgin’
Em 1984, ao lançar um dos primeiros e mais lendários singles de sua carreira, Madonna posava com looks que dialogavam com a mensagem da música. Neste período, a stylist destaca os vestidos noiva, saias de tule combinadas com leggings, acessórios pesados cheios de crucifixos e os corselets estilo lingerie:
“Os vestidos de noiva, saias de tule compostas com calças leggie, crucifixos, corselet. Inspirados pelo punk e pela quebra de padrões, [estes looks] fizeram dela ícone do sucesso na década de 80. A ideia da imagem subversiva no início da carreira desafia a igreja, fala de liberdade sexual e da autonomia da mulher.”
Madonna durante a “Virgin Tour’, em 1985
Ross Marino/Icon and Image/Getty Images
Para quem não sabe, Madonna vem de família cristã, já abordou o assunto em várias músicas, como fez em “Like a Prayer”, e quando criança considerou se tornar freira. E, para Gallo, ela também explora estes temas com genialidade e para “provocar alvoroço” com letras, que são consideradas por muitos, controversas.
“’Like a Virgin’ é um hino para as mulheres de 1980 que começavam a engatinhar para ter a sua liberdade. E ao longo dos anos ela foi uma camaleoa, sabendo usar e ousar em looks, mas nunca sem perder sua essência, sempre alinhada aos seus álbuns”, opina.
Madonna no VMA de 1984 no clipe de “Like a Prayer”
Sonia Moskowitz/Getty Images/Reprodução/YouTube
O famoso body de cone
Em 1990, Madonna rondou o mundo com a “Blonde Ambition Tour” e foi nesta época que ela exibiu um de seus figurinos que mais seria copiado e reproduzido pelas décadas seguintes: o body com formato de cone foi uma das primeiras parcerias com o estilista Jean Paul Gaultier, que criaria outras dezenas de peças exclusivas para a cantora.
“O tal look é provocativo, coloca a roupa íntima como ponto central do figurino e, aliado à coreografia, torna tudo bem sexual.”
Madonna na turnê de “Blonde Ambition”, em 1990
Gie Knaeps/Getty Images
Voguing
Ainda nesta década, Gallo aponta a importância de suas músicas que abordaram pautas como liberdade sexual, “provocando os mais tradicionalistas ao se comunicar com a comunidade LGBTQIA+ e ao falar sobre AIDS”. Para isso, ela usa a moda, novamente, como sua aliada:
“O top transparente usado no clipe ‘Vogue’, foi a primeira vez que a cantora mostrou de vez os seios para o mundo e causou como só ela sabe fazer.”
Madonna no clipe de “Vogue”, em 1990
Reprodução/YouTube
Anos 2000
Anos antes de Pharrell Williams lançar sua visão de cowboy core na Louis Vuitton, ou mesmo antes de Beyoncé explorar este universo, lá estava Madonna abordando a estética. No clipe de “Don’t Tell Me”, a cantora aparece vestido camisa, calça boca de sino, cintos com fivelas enormes, botas western e chapéu de cowboy: a coreografia temática foi a cereja do bolo!
Para Gallo, a artista usa a moda para fazer “rupturas lineares entre um álbum e outro como, por exemplo, dos anos 90 para os 2000, “quando ela sai de uma pegada completamente sensual e entra com um visual mais andrógino, em looks que brincam com o feminino e masculino. E essa história vai se construindo, sempre se comunicando entre a vida pessoal e profissional dela.”
Madonna no clipe de “Don’t Tell Me”
Reprodução/YouTube
‘Me Against the Music’
Com o nascimento dos filhos Lourdes Maria e Rocco, Gallo observa uma mudança no foco de suas letras e performances: “Ela deixa um pouco a sexualidade de lado em suas performances, para brincar um mais com a androgenia de seus looks”. Prova disso são os ternos usados no clipe de “Me Against the Music”, parceria com Britney Spears, seguido pela apresentação da dupla com Christina Aguilera no VMA de 2003.
Madonna no VMA de 2003 e no clipe de “Me Against the Music”
Dave Hogan/Getty Images/Reprodução/YouTube
Ela apostou em um look monocromático preto, considerado mais ‘andrógino’, composto por peças utilitárias e transparência. […] O que eu acho mais interessante é que, mesmo com tantas transformações, você sempre consegue ver a personalidade da Madonna em tudo o que ela veste.”
Disco vibes
Para o clipe de “Hung Up”, lançado em 2005, Madonna trabalha, mais uma vez, seu modo camaleoa! Gallo destaca a mudança radical no visual, desde o cabelo aos músculos que exibe no vídeo, além dos looks ultracoloridos que remetem aos anos 80: “Ela traz uma paleta completamente colorida, repleta de brilhos, collant e meia-calça, tudo isso embalado por músicas feitas para dançar a noite toda.”
Madonna na capa e clipe de “Hung Up”, de 2005
Divulgação/Reprodução/YouTube
Autorreferência
Nos anos que seguiram, Madonna não serviu de inspiração apenas para vários artistas no mundo inteiro, como também para ela mesma. Gallo observa que ela “bebe da própria fonte para se reinventar e trazer algo novo”, inclusive ao fazer aparições em grandes eventos como o Met Gala.
“Sendo ousada e audaciosa, a cantora volta e meia aparece com looks que trazem algo de sua trajetória, como peças transparentes, calças largas – referências ao hip-hop, algo que sempre esteve em suas influências –, corset, acessórios pesados e, é claro, muito salto alto.”
Madonna no Met Gala de 2013
Stephen Lovekin/FilmMagic
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