Qual é o segredo do sucesso de Rebelde?

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Especialista e fãs da trama explicam o fenômeno mexicano, novela disponível no Globoplay Qual é o segredo do sucesso de Rebelde?
Reprodução/IMDb
Desde que foi exibida pela primeira vez, em 2004, a novela Rebelde virou um fenômeno que rompeu as fronteiras do México e chegou a 65 países, batendo recordes de audiência. Não à toa, passados 20 anos, a novela continua sendo visto e revista, e atualmente é um dos títulos mais assistidos do Globoplay, que disponibiliza para assinantes a primeira e segunda temporadas da trama.
Assista à primeira e segunda temporadas de Rebelde no Globoplay
Mas qual é a receita do sucesso?
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Segundo os fãs, o êxito está no mote central da trama: tratar dos conflitos existenciais de seis adolescentes de personalidades distintas, que se conhecem na escola e descobrem na música uma maneira de se realizarem.
“Reunir adolescentes, escola e música foi um achado. Eu me lembro de tentar reproduzir no meu colégio um recorte do que via na TV. Tinha a mesma idade dos personagens e passava por questões parecidas. Eu via, e vivia, parte da minha vida ali na TV”, comentou a dentista Clara Braga, que ainda hoje mantém vivo o amor pelo RBD:
“Tenho um filho de 4 anos e já me peguei tentando niná-lo cantando ‘y soy rebelde, cuando no sigo a los demás’ (rs).”
Qual é o segredo do sucesso de Rebelde?
Para o jornalista Jorge Luiz Brasil, editor do site “Mais Novela”, o segredo está na química do elenco. Juntar Anahí, Dulce María, Maite Perroni, Alfonso Herrera, Christopher Uckermann e Christian Chávez foi o acerto do século.
“O segredo da novela é simplesmente o elenco. Você saber encaixar um ator no personagem certo é uma arte, que, aliás, começará a ser reconhecida até no Oscar, já que ano que vem terá a categoria Melhor Diretor de Elenco. A magia começou no momento em que Anahí, Dulce María , Alfonso Herrera, Christohper von Uckerman, Maite Perroni e Christian Chavez ‘vestiram’ as dores e delícias de Mia, Roberta, Miguel, Diego, Lupita e Giovanni. Os atores se encontraram em seus personagens de uma forma perfeita e a química entre eles também foi um acontecimento”, analisou o jornalista.
E vale registrar que apesar de os novatos terem ganhado os louros do sucesso, sem a ajuda dos veteranos, a receita poderia ter desandado.
“Ninel Conde, Juan Ferrara e Enrique Rocha, já muito amados pelo público, deram o estofo inicial que a produção precisava. Isso sem falar que a hoje superestrela Angelique Boyer era coadjuvante na história, e Estefanía Villarreal também marcou época como Celina, tanto que a personagem voltou na série sequencial de ‘Rebelde’, na Netflix, como diretora da Elite Way School”, pontuou Jorge.
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AgNews
Lançada concomitantemente com a novela, a banda RBD, formada pelos protagonistas do folhetim, contribuiu mais ainda para o estrelato, a ponto de deixar o fã mais preso à história.
“Acho que a banda foi a cereja do bolo, a certeza de que Rebelde não era apenas uma novela que teria fim, que poderíamos continuar sonhando com os nossos personagens através dos shows. E foi o que aconteceu com a turnê no Brasil, ano passado. Eu me vi voltando à adolescência aos 37 anos”, relembrou o analista de TI Rodrigo Macedo.
“Você ouvia as músicas da banda, sendo que ali estava a trilha sonora dos personagens. Muita criança aprendeu espanhol por causa de RBD”, opinou o jornalista Rhayller Peixoto.
A julgar pelo sucesso das reprises, Rebelde tem o poder de fidelizar quem assistiu à novela nos anos 2000 e fôlego para conquistar mais e mais espectadores pelo mundo, uma fanbase que se renova.
“Rebelde é um sucesso atemporal porque traz personagens humanos, totalmente identificáveis com o público que consome, e mesmo que mudanças fortes geracionais fiquem muito claras, como o uso da tecnologia, roupas e gírias, os sentimentos não mudam. São os mesmos da geração que delirava com James Dean, nos anos 1950, com Ciranda Cirandinha nos anos 1970 e com Malhação e afins nos tempos mais atuais”, explicou Jorge Brasil.
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