Sheron Menezzes, Laura Neiva e mais famosos restringem o uso de telas pelos filhos; entenda a importância

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Eles contaram porque se negam a dar esse tipo de eletrônico para as crianças; médico especialista Daniel Becker explica o que acontece com a saúde dos pequenos Laura Neiva e Chay Suede com os filhos, Maria e José; Sheron Menezzes e Saulo Bernard com Benjamin
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Para muitos pais e especialistas, um grande problema na educação infantil atualmente é o excesso do uso das telas. O tempo prolongado na internet é considerado por pediatras como uma epidemia que leva a criança ao sedentarismo podendo alterar funções cerebrais e orgânicas dos pequenos.
Preocupados com a saúde mental dos filhos, Chay Suede, Laura Neiva, Sheron Menezzes e o marido, Saulo Bernard, são taxativos: querem os rebentos longe das telas.
Chay Suede e Laura Neiva falam sobre a criação dos filhos longe das telas
Pais de Maria, 4 anos, e José, 2, os filhos de Chay e Laura nunca tiveram contato com a tela de um tablet, nem de um celular.
“Internet, imagina, nem pensar! Eles não têm nem acesso a qualquer coisa que seja uma tela”, diz, taxativo, o ator.
“Eles não têm celular nem tablet”, complementa Laura.
Cientes de que o trabalho do casal exige a presença constante nas redes sociais, os atores tentam ao máximo se policiar e evitam o uso do aparelho na frente das crianças:
“O celular é nossa ferramenta de trabalho e isso é uma preocupação constante nossa. Procuramos não usar o aparelho quando estamos com eles. Não mostramos nada na frente deles”, conta Suede.
Laura e Chay Suede no aniversário de Maria
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Televisão está liberada. Mas com parcimônia e transformada em um evento especial:
“Vira um programa. É como se fossemos a um cinema. É um momento especial, quando a gente vai ver um filme. A família inteira se senta e assiste”, diz Laura.
Sheron Menezzes e Saulo Bernard falam sobre a criação do filho
Sheron Menezzes, mãe de Benjamin, de 7, gosta de enfatizar que nunca pensou em dar um celular para o menino. A atriz e o marido Saulo Bernard até deixam o filho usar um tablet em momentos em que ele precisa ser entretido, mas nunca de forma fácil e acessível:
“Ele nunca foi de ficar pedindo um celular e nós nunca oferecemos. Ficamos muito tempo com ele e fazemos com que o aparelho trabalhe a nosso favor”, diz a atriz.
“Claro que, se tivermos em um lugar e ele precise ser entretido, não sou contra, mas não queremos que ele tenha a dependência do aparelho quando poderia estar brincando e exercendo a criatividade dele. Se ele tiver livre acesso ao tablet, não vai querer brincar”, alerta Sheron.
Saulo complementa: “Ele é uma criança old school. Brinca muito, ele prefere brincar. Se um amiguinho tiver um celular, ele não tem essa coisa de comparação. Ele segue as nossas regras.”
Saulo Bernard, Sheron Menezzes e Benjamin
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O que diz o especialista
Daniel Becker
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Daniel Becker, médico sanitarista e pediatra, membro do Comitê da Prefeitura do Rio de Janeiro no enfrentamento da saúde pública, vê o uso de tablets e celulares por crianças de 2 até os 14 anos como a epidemia do século. Ele é um dos principais combatentes do controle do uso da internet aos pequenos e conseguiu que as escolas municipais do Rio abolissem os celulares das salas de aula e do recreio.
“O uso do telefone celular por crianças é uma das causas mais importantes do adoecimento mental e emocional da infância hoje”, alerta o médico.
Segundo ele, há uma troca do brincar pelo consumo de aparelhos eletrônicos e internet, o que é grave, pois gera uma “infância trancafiada em casa, fechada em quatro paredes, deitada no sofá, mal sentada na poltrona olhando a vida pelo celular”.
De acordo com o médico, o uso ilimitado das telas cada vez mais cedo vem alternando as funções cerebrais e orgânicas dos pequenos.
“Os joguinhos de aplicativos são viciantes e fazem com que a criança queira brincar cada vez mais com eles. Eles ativam os sistemas dopaminérgicos do cérebro da criança (os neurônios dopaminérgicos são grupos de células no sistema nervoso central que sintetizam o neurotransmissor dopamina que é libertada em várias partes do cérebro e é a responsável no controle motor, prazer, humor, atenção e cognição). Tem que ser ter muito cuidado com isso”.
A recomendação de Becker é não oferecer o celular para a criança até os 14 anos. Ele sugere que pais se unam em comunidades com outros pais que comunguem dos mesmos pensamentos para se apoiarem e ajudarem seus filhos a “recuperarem o brincar”.
“É preciso haver políticas públicas para isso, para recuperar uma infância mais saudável e curar essa epidemia que está acontecendo. O uso da internet nas crianças gera falta de sono, irritabilidade, falta de foco, agressividade, hiperatividade e gera problemas comportamentais e de saúde como depressão, automutilação e até o suicídio. Estamos vendo um aumento significativo de suicídio em meninas nesses últimos 10 anos”.
E diante do comportamento de Chay, Laura, Sheron e Saulo com os filhos, o pediatra os parabeniza: “Eles estão certíssimos em limitar o uso. Quando mais gente afastar as crianças do celular e do tablet, melhor. Só se deve deixar depois da puberdade”.
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