Vladimir Brichta defende atuação de Adriana Esteves na primeira versão de Renascer: ‘Era muito bom’

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Ator também fala no podcast Papo de Novela sobre o visual do Egídio, possível morte do vilão e muito mais; ouça na íntegra! Vladimir Brichta revela que a esposa foi um dos motivos para fazer o remake
Não faltaram motivos para Vladimir Brichta aceitar o papel do Egídio no remake de Renascer. Afinal, a versão original da novela, criada por Benedito Ruy Barbosa e exibida em 1993, marcou a vida do ator. Além disso, a localização da trama, que se passa na Bahia, foi um grande chamariz para esse baiano de coração.
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No podcast Papo de Novela, Vladimir Brichta, o Egídio de Renascer, comenta sobre as críticas recebidas por Adriana Esteves na primeira versão
Divulgação/Globo
No podcast Papo de Novela, Vladimir Brichta enumera o que o fez desistir de ficar um tempo sem atuar em novelas, enaltece o trabalho de Adriana Esteves como a Mariana da primeira versão, diz que “brigou” pela barba do personagem e muito mais.
🎧 Ouça o papo completo aqui!
Uma história de amor com novelas que passam na Bahia
Antes de Renascer, Vladimir estava decidido a dar uma pequena pausa na atuação em novelas. O ator explica o porquê:
“Eu não esperava voltar a fazer novela tão próximo à última, que foi Quanto Mais Vida, Melhor!, gravada toda durante a pandemia, um período muito difícil para todo mundo. Então, foram 153 capítulos sem a gente ver no ar. […] Foi desgastante e exaustivo, embora fosse uma comédia. A gente fez com o maior carinho e dedicação. Mas isso fez com que eu pensasse que eu poderia respirar e dar um tempo de novela, foi uma experiência intensa. Mas aí pintou Renascer.”
Vladimir Brichta estreou como o Ezequiel, de Porto dos Milagres (2001), e contracenou com Júlia Lemmertz
Globo
Vladimir nasceu em Minas Gerais, contudo, mudou-se para a Bahia quando era muito pequeno. Por isso, ele se considera baianíssimo de coração. O ator conta que o fato de Renascer se passar no estado pesou bastante na hora de aceitar o papel:
“Toda vez que tem uma novela baiana, eu fico achando que o certo é eu estar na novela (risos). Vivi isso em Segundo Sol, novela do João (Emanuel Carneiro). E eu disse para o Dennis (Carvalho): ‘O certo era vocês me chamarem mesmo, ainda bem que fizeram isso’. Não só porque posso contribuir, como tenho uma representatividade. E lembrei que minha primeira novela se passou na Bahia, que foi Porto dos Milagres. Tenho lugar meio mágico nessa conexão com novela e Bahia. Sobre Renascer, fiquei tentado. Não corri atrás de ninguém, não mandei mensagem. Mas pensei, mais uma vez: ‘Essa novela se passa na Bahia. E essa novela, especialmente, me marcou muito.”
Adriana Esteves foi um dos motivos para Vladimir fazer o remake
Adriana Esteves e Vladimir Brichta estão juntos há 20 anos
AgNews
Casado com Adriana Esteves há 20 anos, Vladimir Brichta conta ao podcast que o papel da mulher na primeira versão foi um dos motivos para querer estar no elenco do remake de Renascer. Em 1993, Adriana Esteves viveu Mariana quando tinha 23 anos, papel que hoje é defendido por Theresa Fonseca.
Na época, a atriz enfrentou duras críticas ao seu trabalho, o que abalou o seu estado emocional. Em uma participação ao podcast papo de Novela, Adriana chegou a comentar: “Eu me dediquei tanto, eu fiquei durante aquele tempo da novela sofrida com sofrimentos que eram da Mariana, não eram para ser meus.”
Relembre a primeira aparição de Adriana Esteves na primeira versão de Renascer
Vladimir conta que não concorda com as críticas que Adriana recebeu por esse trabalho e enaltece o trabalho da sua mulher como a jovem que encantou José Inocêncio, que há 31 anos foi vivido por Antonio Fagundes.
“Tem o fato de que a Adriana (Esteves) fez essa novela. Adriana minha esposa, uma das maiores atrizes desse país. Ela fez essa novela e passou por uma experiência muito difícil e incomum. Na época, tiveram algumas críticas. Ela disse que foram muitas, mas fui pesquisar e falei: ‘Foram não, era meia dúzia, ainda mais porque não existiam redes sociais.’ Eram dois, três jornais. E dois, três críticos colunistas que implicaram. Até porque se você for assistir novamente à novela, ao que ela fazia, não só era muito bom como que dialogava com a própria linguagem que o Luiz (Fernando Carvalho) propunha, que era uma linguagem ultrapoética, com a fotografia do Walter Carvalho, absolutamente brilhante e revolucionária para a televisão, e com personagens que eram muito arquétipos, que hoje a gente frequenta de forma mais realista. E a Mariana era quase a Lolita, ela é um pouco esse arquétipo dessa figura proibida e que excita. Tinha um barato ali proposto pelo Luiz muito forte e potente. E acho que as pessoas não entenderam na época.”
O visual do Egídio
Egídio (Vladimir Brichta) ostenta uma grande barba no remake de Renascer
Globo/ Manoella Mello
Vladimir diz que a figurinista Marie Salles apresentou a ele a proposta para o visual do Egídio, que seria um homem sem barba e de cabelo comprido. Porém, o ator, que estava de cabelo curto por causa do seu trabalho anterior, não pôde colocar em prática a ideia da grande cabeleira. Contudo, o artista conta que opinou sobre a barba do vilão, que, na sua visão, deveria ser grande e volumosa.
“Eu estava deixando a barba crescer e meio que batalhei por isso. […] A barba é associada ao universo rural, alguém que não se preocupa, que não tem tempo de ficar se barbeando, etc. E isso, a princípio, não estava proposto. Mas eu insisti porque eu achava que esse personagem, de alguma forma, como estava voltando para a fazenda que ele só veraneava, poderia emular a imagem de um fazendeiro. Ou seja, como ele é uma figura que vive muito de aparência, poderia facilmente ter pensado em criar uma aparência de uma pessoa séria, que trabalha na fazenda. E por fim, como eu não tinha aparecido em televisão com a barba grande, achei que seria muito legal essa novidade, esse frescor, achei que beneficiaria, causaria um certo estranhamento na imagem que corroboraria com a leitura do Egídio para o público.”
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