Campinas reforça alerta de vacinação contra febre amarela após 2 casos na região; entenda

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Após morte em Águas de Lindoia, Secretaria de Saúde da metrópole quer sensibilizar moradores, principalmente em áreas de maior risco. Doses estão disponíveis nos 68 centros de saúde. Morador de Campinas toma vacina contra a febre amarela em posto de saúde
Reprodução EPTV
A Secretaria de Saúde de Campinas (SP) reforçou o alerta de vacinação da população contra a febre amarela após o governo de São Paulo confirmar dois casos da doença em moradores da região – um deles, em Águas de Lindoia (SP), veio a óbito, e outro, em Serra Negra (SP), evoluiu para cura.
As doses estão disponíveis nos 68 postos de saúde da metrópole – confira os locais e horários de funcionamento das unidades.
💉 Quantidade de doses
Crianças: 1 dose com 9 meses e 1 dose de reforço aos 4 anos de idade.
A partir de 5 anos, adolescentes, adultos e idosos: somente uma dose. Quem não tiver comprovante ou certeza de que já recebeu o imunizante, deve receber nova vacina.
De acordo com a pasta, a proteção efetiva contra a doença ocorre dez dias após a vacinação.
“Com isso, quem vai viajar para espaços rurais, regiões de contato com mata ou áreas silvestres deve tomar a vacina pelo menos dez dias antes do deslocamento”, orienta a nota.
Áreas de maior risco
Segundo a Secretaria de Saúde, o objetivo do alerta emitido nesta terça (7) é sensibilizar “os moradores de bairros com potencial para circulação do vírus e que historicamente foram rota para a doença.”
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As áreas onde já foi identificada circulação do vírus estão localizadas nos seguintes centros de saúde (CSs) de referência: Carlos Gomes, Sousas, Joaquim Egídio, Vila Ipê, Paranapanema, Esmeraldina, Taquaral, São Vicente, Centro, Orosimbo Maia, Barão Geraldo e Village.
“Outras áreas do município com características ambientais favoráveis à presença dos mosquitos transmissores, como as regiões com presença de matas e florestas, também merecem atenção”, destaca, em nota.
Campinas não registra casos positivos da doença em macacos desde 2019. “Os animais não são transmissores da febre amarela, mas, sim, as principais vítimas da doença. A presença de animais doentes serve como ‘alerta’ de que o vírus está circulando e, quando contaminados, os primatas dificilmente sobrevivem”, explica a pasta.
O que é a febre amarela
A febre amarela é uma doença infecciosa febril aguda, causada por um vírus transmitido por mosquitos infectados. Ela possui dois ciclos de transmissão: silvestre (quando há transmissão em área rural ou de floresta) e urbano.
Em área rural ou de floresta, os macacos são os principais hospedeiros e a transmissão ocorre pela picada dos mosquitos transmissores infectados Haemagogus e Sabethes.
Nas cidades, a doença pode ser transmitida principalmente por mosquitos da espécie Aedes aegypti.
Vacina contra febre amarela
Divulgação
Os sintomas iniciais da febre amarela são:
febre
calafrios
dor de cabeça intensa
dores nas costas
dores no corpo em geral
náuseas e vômitos
fadiga e fraqueza
Em casos graves, a pessoa infectada por febre amarela pode desenvolver sintomas como:
febre alta
icterícia
hemorragia
eventualmente, choque e insuficiência de múltiplos órgãos
De acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 20% a 50% das pessoas que desenvolvem febre amarela grave podem morrer. Assim que surgirem os primeiros sinais e sintomas, é fundamental buscar ajuda médica imediata.
Tratamento
O tratamento da febre amarela é apenas sintomático, com cuidadosa assistência ao paciente que, sob hospitalização deve permanecer em repouso.
Nas formas graves, o paciente deve ser atendido em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), para reduzir as complicações e o risco de óbito.
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