Com aumento nos casos e internações por dengue, PAs de Jundiaí passam a atender apenas casos graves

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Unidades Básicas de Saúde e Clínicas da Família serão ponto de referência para atendimento, enquanto as unidades de Pronto Atendimento serão dedicadas a casos graves. PA Hortolândia é um dos que atenderão idosos que apresentarem sinais de agravamento da doença
Divulgação
Assim como no cenário nacional, Jundiaí (SP) apresenta um aumento no número de casos de dengue em todas as regiões da cidade. Em pouco mais de um mês, as internações aumentaram em mais de 500% nos hospitais da cidade por conta da doença.
Por isso, a prefeitura divulgou, nesta terça-feira (19), algumas ações para agilizar o atendimento de pessoas com sintomas da doença em toda a rede de Atenção Básica. As Unidades Básicas de Saúde e Clínicas da Família serão ponto de referência para atendimento, enquanto as unidades de Pronto Atendimento serão dedicadas a casos graves.
De acordo com a prefeitura, idosos a partir de 60 anos, que tenham comorbidades ou que apresentem sinais de agravamento da doença, devem procurar atendimento nos Pronto Atendimentos Hortolândia, Ponte São João e Retiro ou na UPA Vetor Oeste.
De acordo com a diretora do Departamento de Atenção Ambulatorial e Hospitalar (DAAH), Daniele Evangelista, as referências para atendimento dos casos de maior complexidade são o Pronto Atendimento Hortolândia e a UPA Vetor Oeste.
“Ambas estão equipadas com leitos de apoio para o atendimento específico para a hidratação e observação. O PA Central, que é uma extensão do Hospital São Vicente, é referência para as demais doenças, como acidentes, infartos, entre outros agravos, exceto síndrome gripal e dengue”, detalha.
Aumento nas internações
Internações por dengue aumentam em mais de 500% em hospitais de Jundiaí
Em pouco mais de um mês, as internações por dengue aumentaram em mais de 500% nos hospitais de Jundiaí. O levantamento foi feito com base nos números divulgados pela prefeitura entre os dias 4 de fevereiro e 16 de março.
No início de fevereiro, cinco pessoas foram internadas nos hospitais da cidade, sendo quatro na rede pública e um em hospital particular. Até sábado (16), 34 pessoas estavam internadas, sendo 10 na rede pública e 24 na rede privada. Neste período, o aumento foi de 580%.
Jundiaí registrou, até segunda-feira (18), 1.883 casos de dengue. Desde o início do mês, agentes da Saúde reforçam orientações de combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença, nos terminais de ônibus da cidade.
Larvas em toda a cidade
Dengue: casos em Jundiaí já são 70% maiores do que em 2023
No município, os moradores têm se preocupado com os ambientes propícios para a criação de larvas do mosquito da dengue. Quando encontradas, elas são levadas para o Laboratório de Vigilância Epidemiológica, onde são feitas análises para detectar a doença. Logo após, é feita uma varredura na área de infestação como medida de prevenção.
As reclamações vêm de bairros variados da cidade. Somente neste ano, foram encaminhadas 463 amostras. Em 90% delas foram constatados focos do Aedes aegypti.
Para combater a dengue, a Prefeitura de Jundiaí tem visitado locais apropriados para a criação do agente transmissor, como ferros-velhos, borracharias e comércios de recicláveis. Em toda a área, são cerca de 125 pontos monitorados.
O que é a dengue?
Como saber se você está com dengue e se é grave
A dengue faz parte de um grupo de doenças denominadas arboviroses. O vírus é transmitido pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti e possui quatro sorotipos diferentes: DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4 — todos podem causar as diferentes formas da doença.
Todas as faixas etárias são igualmente suscetíveis à doença, porém as pessoas mais velhas e aquelas que possuem doenças crônicas, como diabetes e hipertensão arterial, têm maior risco de evoluir para casos graves e outras complicações que podem levar à morte.
Veja quais são os principais sintomas da dengue:
Febre;
Dor no corpo e articulações;
Dor atrás dos olhos;
Mal-estar;
Falta de apetite;
Dor de cabeça;
Manchas vermelhas no corpo.
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