Olhante, ficante, conversante: veja lista e saiba qual o status do seu relacionamento antes do Dia dos Namorados

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Populares nas redes sociais, esses termos refletem a mudança no comportamento depois da internet e aplicativos de encontro. O g1 preparou guia com as expressões mais comuns para você consultar. opulares nas redes sociais, esses termos refletem a mudança no comportamento depois da internet e aplicativos de namoro
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Definir se está ou não está em um relacionamento, pode não ser tão simples quanto parece. São várias “categorias” antes do namoro que criam uma jornada quase corporativa de status de relacionamento.
💘 Olhante, ficante, conversante. Todas essas são definições de “quase relações”. Ou seja, etapas que os casais vão avançando até o namoro (ou não). O que os especialistas em relacionamentos explicam é que, com esses novos arranjos, nem sempre o status em que se está é de conhecimento dos dois.
Jogo do Amor: veja como fazer o teste
Por exemplo:
💘 Se a pessoa está sempre te chamando para dates, estão saindo há algum tempo, mas não avançam para outras etapas. Pode ser que você seja apenas o contatinho e não o ficante. Isso significa que você pode ter menos chanca de ser “promovido” entre os demais postos.
💘 Ou aquela pessoa com quem está sempre conversando, longas horas de papo, mas que ainda não evoluiu ainda para um date. Fique atento, há uma categoria para isso e pode ser que não haja encontro: é o conversante.
➡️ Claro que no amor não há regras, o importante é que haja um diálogo franco e as duas pessoas saibam em que fase estão e se estão dispostas a continuarem.
Se nesse Dia dos Namorados você não sabe em que fase está, para te ajudar, o g1 preparou um guia com os termos mais comuns para definir os arranjos entre casais.

💘 Um dos jeitos mais efetivos para conseguir avançar nessa escala é tentar criar conexões mais profundas entre o casal, segundo mostrou um experimento referência na área. Confira ao final desta reportagem o Jogo do Amor, baseado no estudo, e esteja preparado para se apaixonar!
Novos nomes para o amor platônico?
A expressão amor platônico tem mais de 500 anos e parecia ter caído em desuso. No entanto, ao analisar os novos termos para as relações, o que se percebe é que ele ainda circula, mas com outros nomes: olhante e conversante.
O amor platônico acontece quando se cria uma ilusão de relação com alguém que, às vezes, não sabe que você existe. Ou alimenta uma esperança de relacionamento amoroso com uma pessoa que não quer isso com você.
Meme sobre não ter ‘ficante’ nem ‘conversante’
Reprodução/Redes sociais
É o que a gente vê em algumas publicações nas redes sociais:
Meme sobre pirâmide que explica os ‘status’ de relacionamento
Reprodução/Redes sociais
O olhante está no papel de quem está de olho em alguém de forma romantizada, mas que não avança para outras etapas.
➡️ Sabe aquela pessoa que você vê no metrô, academia, supermercado e por quem se interessa? Você a encontra de forma corriqueira, mas não puxa um assunto, não sabe quem ela é, mas é capaz de criar uma “fic” de uma relação com ela.
➡️ Ou a pessoa que, vez ou outra, você entra nas redes dela para ver as fotos, saber como está, mas nunca manda uma mensagem? Você é o olhante dela.
🚨 Vale lembrar que o olhante não é um stalker. Vigiar e perseguir alguém é crime!
Já o conversante é um tanto quanto platônico, mas com um pé na realidade. Exclusivamente on-line, essa é aquela relação em que você pode até passar madrugadas conversando, falar de intimidades, comentar futilidades, mas a conversa não rende um encontro.
Essa categoria é quase que como a friendzone, só que para a conversa.
Meme sobre conversante
Reprodução/Redes sociais
Sinais de alerta
A psiquiatra e especialista em neurociência Nina Ferreira analisa que, apesar das mudanças positivas, que permitem mais tempo para as pessoas se conhecerem, alguns comportamentos, como manter pessoas só numa zona de “conversa”, podem ser um sinal de alerta.
A pessoa está sozinha em casa, se sente carente, pouco amada e aí ela sabe que tem alguém ali para conversar com ela e trocar alguns likes, e esquece de como se sentia por algum tempo. É um tapa-buraco, como a comida e a bebida, e afasta as pessoas de sentimentos reais que precisam ser trabalhados.
A influenciadora Bertha Salles, que fala sobre relacionamentos nas redes e está solteira há quase seis anos, diz que as categorias não garantem uma evolução até um relacionamento.
“Ficar nesses estágios ou ter pessoas assim não vai dar em nada. Acho que as pessoas mantêm isso, em geral, para dar uma alimentada no ego. Eu já fiz, mas hoje não tenho paciência. Tem uns três caras que são meus olhantes. Às vezes, mandam [símbolo de] foguinho nos stories. Eu já respondo: ‘Vai ficar mandando isso até quando? Me beijar que é bom nunca?’. Não dá, é muita perda de tempo”, diz.
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A jornada ‘corporativa’ até o namoro
📊 O Brasil tem 80 milhões de pessoas solteiras, segundo os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
E quem não tem o estado civil por escolha, mas por condição precisa encarar uma jornada quase comparada à carreira corporativa. São muitos cargos, sem plano de carreira.
Apesar da fama dos aplicativos e, mais recente, do inbox do Instagram, o flerte on-line nem sempre evolui para o presencial e, consequentemente, não termina em sexo. É aí que entra o contatinho.
➡️ É a pessoa que você pode acionar quando quer sair, ter alguém por perto sem a burocracia de conhecer e conseguir fazer a pessoa sair do virtual para o presencial. A relação neste ponto é superficial, não se tem conhecimento íntimo sobre a pessoa e também não se é apresentado ao círculo de amigos, muito menos à família.
É possível que o contatinho evolua para ficante, mas não há qualquer garantia.
Quando o contatinho é promovido, ele passa a ser ficante. E nada impede também que uma pessoa que não está na lista de “elegíveis para a promoção” se torne ficante.
➡️ Nesta posição, as saídas são recorrentes e, juntos, podem fazer coisas de casal, como conhecer os amigos, fazer viagens longas juntos e até conhecer a família. O que define o quanto você conhece a outra pessoa ou o que fazem é a “hierarquia”. Neste “cargo”, a “promoção” não é automática para o namoro, mas tem uma passagem, segundo brincam internautas nas redes:
Ficante Júnior: quando não se tem acesso a pessoas do círculo íntimo e não se veem com tanta frequência.
Ficante Pleno: quando já se conhece algumas pessoas do círculo de amizades e saem em locais públicos sem tanta preocupação de serem vistos.
Ficante Sênior: aqui, vocês já fazem parte da rotina um do outro, conhecem amigos e até a família e são vistos como um casal por quem está envolta. Apesar disso, ainda são ficantes.
No “cargo de ficante”, não há um prazo máximo que determine que, depois disso, será namoro nem que ele irá acontecer.
Influenciadora faz retrospectiva de seus ‘dates’
A influenciadora Glória Maciel conta que chegou a ser ficante sênior com um homem com quem esteve por dez meses. Ela diz que foi, inclusive, apresentada para a família dele e terminou em namoro, mas não com ela. Ele apareceu depois com outra pessoa. “Evoluiu para um namoro, mas não comigo”.
A podcaster Bertha Salles conta que também passou por isso e, depois de três meses juntos, o que eles tinham não terminou em namoro.
Eles aparecem com um papo de: “ah, não, não tô pronto para namorar”. E aí algum tempo depois ele aparece namorando alguém. Ficar navegando por essas categorias é uma enrolação. Hoje, se eu vejo que vai por esse caminho, pulo fora.
A psiquiatra Nina Ferreira explica que o risco nessas relações é o de que as pessoas se envolvam e sejam confundidas. Ou seja, uma das pessoas achar que está namorando sozinha. Para isso, ela alerta que é preciso se conhecer e respeitar os próprios sentimentos.
“Se você quer um namoro e vê que a relação não evolui, a sua decisão precisa valer mais e você não pode se submeter ao desejo do outro. Se você está dando todos os sinais de confiança e de envolvimento e o outro não, não vale a pena. Tentar é importante, mas é preciso se conhecer para fazer valer os próprios sentimentos. Isso evita maiores dores”, explica Nina Ferreira.
Meme sobre sentir ciúmes de conversante
Reprodução/Redes sociais
Jogo do amor
36 perguntas para um casal se apaixonar; conheça o Jogo do Amor do g1
Uma das maneiras mais eficientes para conseguir mudar o status de relacionamento é criar mais conexões com a pessoa objeto do desejo.
➡️ Essa é a conclusão de um experimento realizado pelo psicólogo Arthur Aron, que é professor na Universidade Stony Brook (uma das mais renomadas de Nova York) e estuda o amor há mais de quatro décadas.
Ele mostrou que é possível criar intimidade profunda entre duas pessoas em apenas uma conversa guiada por 36 perguntas.
A experiência uniu duplas de desconhecidos em laboratório, e a proposta inicial não era despertar o amor, mas terminou até em casamento.
💘 Se você está decidido a levar a paixão de Carnaval adiante e quem sabe até mudar o estado civil em 2024, o g1 pode te ajudar com o Jogo do Amor.
Com base no estudo de Aron, o jogo traz as 36 perguntas, que geram uma conversa de 45 minutos a 1 hora. A proposta é colocar o experimento à prova no date ou no bate-papo como uma brincadeira. E esteja preparado para se apaixonar!

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