X, ex-Twitter, libera oficialmente conteúdo pornográfico

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Material adulto não era explicitamente proibido e já circula livremente na rede social, mas mudança define regras para compartilhamento. Usuários deverão sinalizar fotos e vídeos sensíveis e não poderão mostrá-los em áreas de destaque, como a foto de perfil. Página inicial do X, antigo Twitter
AP Photo/Rick Rycroft
O X, antigo Twitter, anunciou atualizou suas regras para permitir oficialmente a divulgação de conteúdo adulto explícito. A rede social já não proibia explicitamente materiais pornográficos, que já circulavam livremente na plataforma, mas, agora, eles estão formalmente liberados.
As novas diretrizes do X permitem que usuários publiquem “nudez adulta ou comportamento sexual produzido e distribuído consensualmente”. A rede social exige que esse conteúdo seja sinalizado e proíbe sua exibição de forma destacada, como em fotos de perfil.
“A expressão sexual, seja visual ou escrita, pode ser uma forma legítima de expressão artística”, aponta a nova regra. “Equilibramos essa liberdade restringindo a exposição ao conteúdo adulto para crianças ou usuários adultos que optam por não vê-lo”.
De acordo com as novas regras, o X vai tratar como conteúdo adulto “qualquer material produzido e distribuído consensualmente que retrate nudez adulta ou comportamento sexual que seja pornográfico ou com intenção de causar excitação sexual”.
A política também se estende a conteúdos gerados por inteligência artificial, animações, desenhos animados, hentai e anime.
Mesmo com a mudança, a plataforma informa que proíbe “conteúdo que promova exploração, não consentimento, objetificação, sexualização ou danos a menores e comportamentos obscenos”.
O X orienta usuários que publicam conteúdo adulto a ajustarem as configurações de suas contas para sinalizar que suas imagens e vídeos podem ser sensíveis, o que fará o conteúdo ser coberto por um aviso no feed. Se isso não for feito, a própria rede social poderá ativar esse alerta no perfil.
Como funciona em outras redes?
A nova regra do X vai no sentido oposto ao de plataformas como o Facebook e o Instagram. As duas redes controladas pela Meta proíbem nudez com exceção de fotos em contextos de amamentação, parto, em situações ligadas à saúde, em atos de protesto ou em pinturas e esculturas.
Desde que adquiriu o Twitter em 2022, com a intenção declarada de promover a liberdade de expressão, Musk enfrentou críticas por reduzir as equipes de moderação de conteúdo.
Assumindo a responsabilidade pelo ato, a plataforma também passou por problemas técnicos e restabeleceu contas de teóricos da conspiração de direita e do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Musk também pretende expandir a base de receita do X para além da publicidade e transformá-lo em um “super aplicativo”, semelhante ao WeChat da China, que integra serviços de mensagens, chamadas de voz e vídeo, redes socias, pagamentos móveis e reservas.

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